A herança maldita deixada pela gestão de Marquinhos Trad (PDT), ex-prefeito e atual vereador eleito, agora é usada por ele, de forma política, para atacar a atual chefe do Executivo.
Após a saída de Trad, Campo Grande viveu nos últimos quase 2 anos um processo de reestruturação, a cidade voltou a entregar obras paradas e retomou a transparência.
Entenda como era a Campo Grande que o ex-prefeito deixou:
Incapaz de cumprir suas obrigações básicas enquanto ocupava o cargo, Trad agora tenta jogar a culpa em sua sucessora, Adriane Lopes (PP), ao mesmo tempo em que apoia a candidatura de Rose Modesto (União) para continuar sua escalada política às custas da destruição da capital
Desde sua reeleição, em vez de focar nas necessidades de Campo Grande, Marquinhos usou a prefeitura como trampolim para sua fracassada tentativa de candidatura ao governo estadual. Deixou a cidade abandonada, fundamentalmente em dívidas e com serviços essenciais colapsando. O descaso com a população é evidente em todas as áreas, desde a saúde até a segurança.
Trad negligenciou completamente o sistema de saúde da cidade. Desde 2019, a prefeitura não reajusta os contratos da Santa Casa, maior hospital de Campo Grande. Isso resultou numa dívida astronômica de R$ 432 milhões anuais, o que levou a instituição a suspender atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas. Marquinhos, enquanto tentava alavancar sua carreira política, abandonou o hospital que salva vidas na capital. O caos na saúde é inerente à sua responsabilidade.
O que é ainda mais revoltante é a forma como Trad tenta pintar sua gestão como “bem-sucedida”, mencionando ter sobrado R$ 1 bilhão na caixa para a administração atual. Na verdade, esse valor não cobre nem de perto o rombo que ele deixou. Só com a Santa Casa, a dívida mensal é de R$ 12 milhões, e os serviços essenciais tiveram que ser paralisados por falta de pagamento.
Obras paradas: 35 canteiros abandonados e uma cidade parada no tempo
Marquinhos Trad não apenas afundou a saúde, mas também deixou a cidade à mercê de obras inacabadas e paralisadas. Pelo menos 35 projetos importantes, que deveriam melhorar a infraestrutura de Campo Grande, estão abandonados. A revitalização do Parque Cônsul Assaf Trad, que deveria ser um marco na região norte, é só mais um exemplo da sua irresponsabilidade. Até mesmo o Centro Municipal de Belas Artes teve o contrato rescindido por falta de andamento, e o cenário de abandono se estende por toda a cidade.
Essas obras paradas não são apenas um problema estético ou de conveniência. Eles representam dinheiro público jogado fora, projetos que poderiam ter beneficiado a população agora estagnada pela falta de repasses que deveriam ter sido feitos durante a administração de Marquinhos.
O retorno das favelas: O abandono social promovido pelo Trad
A pobreza e a desigualdade social também cresceram assustadoramente durante a administração de Marquinhos Trad. Dados da Central Única das Favelas de Mato Grosso do Sul (CUFA-MS) mostram que Campo Grande conta hoje com 38 favelas, onde mulheres negras e mães solteiras sofrem com a falta de saneamento básico, saúde e acesso ao emprego. Esse cenário devastador é resultado direto de uma política que abandonou a periferia e deixou as comunidades mais vulneráveis à sua própria sorte.
Marquinhos, enquanto perseguia seus interesses pessoais e políticos, ignorou completamente a miséria crescente nas áreas mais carentes de Campo Grande. A ausência de políticas públicas e o descaso com a legislação de baixa renda são marcas inegáveis de sua gestão.
Falta de transparência e contas manipuladas: Trad fugiu de sua responsabilidade até o fim
A gestão fiscal de Marquinhos Trad foi desastrosa em todos os aspectos. Ele repetidamente violou a Lei de Responsabilidade Fiscal, não aplicando o mínimo constitucional de 15% na saúde e acumulando dívidas imensas. Para piorar, até hoje as contas de sua gestão não foram completamente comprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que levanta sérias dúvidas sobre o que ele está tentando esconder.
As contas de 2018 foram aprovadas com ressalvas pelo TCE, mas as demais estão paradas, muitas vezes porque Marquinhos não apresentou os documentos exigidos. Ele protegeu o processo de forma intencional, numa tentativa de esconder o descalabro financeiro que sua gestão feriu à cidade. As dívidas deixadas por ele são tão grandes que o Tesouro Nacional reprovou sua gestão fiscal, dando à cidade a pior nota possível.
Endividamento sem controle: Marquinhos afundou Campo Grande em dívidas
O Banco Central e o Tesouro Nacional reprovaram severamente a gestão fiscal de Marquinhos Trad, classificando Campo Grande com nota “C”, a pior possível. Ele comprometeu 110,76% das receitas do município, violando todos os limites legais. A título de comparação, cidades como Dourados, Três Lagoas e Ponta Porã mantiveram suas finanças dentro dos padrões, enquanto Campo Grande se afundava cada vez mais.
Marquinhos deixou a prefeitura com as finanças públicas devastadas, comprometendo mais de 60% das receitas do município, muito além do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Sua gestão irresponsável deixou uma herança maldita para a administração atual, que agora precisa lidar com o rombo monumental nas contas.
Tentativa de fuga política: Marquinhos tenta salvar sua imagem com Rose Modesto
Agora, como vereador eleito e apoiador da candidatura de Rose Modesto (União) à prefeitura de Campo Grande, Marquinhos Trad tenta se desvencilhar das consequências de sua administração desastrosa. Ele busca, com sua influência política, continuar no jogo de poder.
Mas os fatos são claros: a administração de Marquinhos Trad trouxe o caos financeiro e administrativo para Campo Grande. A tentativa de culpar Adriane Lopes por esse cenário é apenas uma jogada política barata para fugir da responsabilidade que ele próprio criou.