Em coluna publicada no jornal O Estado de S.Paulo nesta quinta-feira (27), o jornalista J. R. Guzzo descreveu a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como um “desastre com perda total”. Para o comunicador, além de se mostrar “inútil e caríssima” ao pagador de impostos, ela faz questão de ostentar nas redes sociais as “delinquências” que vem cometendo, como “requisitar aviões da Força Aérea Brasileira para viajar nos fins de semana”.
– A ministra Anielle Franco é um desastre com perda total. Num governo como o do presidente Lula, ela talvez não chamasse a atenção se fosse apenas péssima, perfeitamente inútil e caríssima (está levando, este ano, quase R$ 1 milhão do pagador de impostos, ou mais, para não fazer nada). É de se supor que estaria tudo razoavelmente bem se a ministra se contentasse em usufruir o seu bilhete premiado. (…) Mas Anielle não parece contente com o que ganhou. Quer também se exibir como “personalidade” e mostrar-se mais importante do que é – escreveu Guzzo.
Na sequência, ele menciona o suposto uso indevido de aviões da FAB, que para ele, foi transformada “em empresa de taxi-aéreo a serviço pessoal dos ministros”. Como exemplo, ele citou a ida de Anielle à final da Copa do Brasil usando aeronave da entidade.
– Anielle fez questão de mostrar para todo mundo, com vídeo, Twitter e o resto, a delinquência que estava cometendo. É óbvio que pegou muitíssimo mal; uma criança com dez anos de idade saberia que um negócio desses só podia pegar mal. (…) Na tentativa de justificar o que fez, Anielle disse que usou o avião da FAB para assinar um “protocolo” contra o racismo bem na hora do jogo, e bem no estádio do Morumbi. É uma desculpa infantil – considerou.
Para Guzzo, “não havia necessidade nenhuma de assinar o tal ‘protocolo’, que por sinal é mais um papel que não vai servir para nada, no dia na final com o seu time”. Ele questionou por que ela não utilizou a assinatura digital e reprovou sua resposta “histérica” às críticas.
– A ministra soltou uma nota histérica, e perfeitamente cretina, dizendo que era “inacreditável” que ela recebesse críticas por trabalhar “contra o racismo”, que “deixou os filhos em casa” para trabalhar etc. Por que “inacreditável”? Quer dizer que ela não pode ser criticada por gastar uma fortuna, num jato da FAB, numa viagem 100% inútil? A ideia de ser cobrada é tão absurda, no seu entender, que ela não acredita que algo assim possa ter acontecido. E o que os filhos têm a ver com isso? – acrescentou.
Guzzo ainda frisou a descoberta de que Anielle já gastou metade da verba do seu ministério este ano com viagens. Para ele, sua única realização é o fato de ser irmã da vereadora Marielle Franco. O jornalista também não deixou de ressaltar o ataque da assessora da ministra, Marcelle Decothé, à torcida do São Paulo.
– Para completar, uma “assessora especial” que viajou com ela na mordomia da FAB, achou uma boa ideia fazer uma nota agressivamente racista, e sem propósito algum, contra a torcida “branca” do São Paulo, descendente, segundo diz, de “europeu safade”, e “pior” ainda, “tudo pauliste”. Para que uma estupidez dessa? Foi demais, até para Anielle, teve de demitir a amiga, do cargo e do seu salário de R$ 17 mil por mês.
Ele finalizou seu texto classificando a gestão de Anielle à frente do Ministério da Igualdade Racial como um “desastre do começo ao fim”.