O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado otimismo, mas o cenário é de pessimismo em larga escala. As novas pesquisas eleitorais da Quaest que chegam em Brasília indicam um cenário complicado para o Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições municipais de 2024, mostrando que os candidatos apoiados por Lula enfrentam dificuldades em diversas capitais do Brasil.
Mesmo em cidades importantes como Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Salvador, o PT luta para alcançar o segundo turno ou, em alguns casos, não lançou candidatos próprios.
Em Belo Horizonte, Rogério Correia (PT) aparece com apenas 5% das intenções de voto, enquanto Mauro Tramonte (Republicanos) lidera com 28%. Já em Porto Alegre, Maria do Rosário (PT) tem 24%, mas vê sua posição ameaçada pelo crescimento de Sebastião Melo (MDB), que já acumula 41%. Florianópolis mostra uma situação ainda mais desafiadora para o PT, com Vanderlei Farias (6%) atrás de Marquito, do PSOL (14%).
Capitais como Curitiba e Salvador escancaram ainda mais os impasses do partido, onde o PT decidiu apoiar candidatos de outras legendas, sem grande sucesso. A única exceção parece ser Goiânia, onde Adriana Accorsi (PT) está tecnicamente empatada com Sandro Mabel (União Brasil), cada um com 22% e 24% respectivamente.
Os dados da Quaest, assim como de outros institutos de grande circulação no país, reforçam as projeções antecipadas pelo Conexão Política. Com a manutenção das tendências apontadas nesses levantamentos, o PT pode enfrentar, nas eleições eleições deste ano, um cenário semelhante ao de 2020. Além de não assegurar a eleição de prefeitos em capitais estratégicas, o partido corre o risco de sofrer a maior derrota desde a redemocratização.