A estratégia política de Adriane, que contou com o apoio de Bolsonaro como principal pilar, tem sido contestada. O Partido Liberal (PL), do ex-presidente, mantém sua pré-candidatura, recusando-se a apoiar a prefeita. O ex-deputado cassado Rafael Tavares (PL) declarou nesta quarta-feira (27) que não aceitará ser vice da chefe do executivo municipal.
Para conquistar o apoio do PL, a prefeita optou por deixar de lado a Câmara Municipal, onde seu adversário político, o deputado federal Beto Pereira (PSDB), cresceu em influência. O PSDB filiou sete vereadores, tornando-se a maior parte da casa e formando um bloco com mais de cinco partidos e 15 vereadores que se opõem à chefe do executivo municipal.
Uma das fontes de controvérsia é a nomeação de membros do Partido Liberal (PL) para cargos-chave na prefeitura. O presidente municipal do PL, conhecido como Tenente Portela, que pediu exoneração no dia 14 de março para assumir a sigla partidária, foi nomeado no cargo de coordenador de Proteção e Defesa Civil, recebendo um salário mensal de R$ 17 mil.
Além disso, Gabriel Kling de Almeida Batista, presidente municipal da juventude do PL, é nomeado como assessor executivo II, com vencimentos brutos de R$ 9.567,09.
Essas decisões geram questionamentos sobre a estratégia política da prefeita. Seus aliados se perguntam se Adriane tem investido excessivamente em uma ala política que agora parece abandoná-la, ou se falhou em não fortalecer sua base e construir apoio na Câmara.
Além das nomeações controversas de membros do Partido Liberal (PL) para cargos na prefeitura, Adriane Lopes abriu as portas para o partido e seus parlamentares, permitindo sua influência crescente na administração municipal.
Em contraponto, nas eleições de 2020, o então prefeito Marquinhos Trad (PDT) conseguiu ser reeleito no primeiro turno com o apoio de uma ampla maioria dos vereadores da Câmara Municipal.
Com as eleições se aproximando, a posição de Adriane se torna cada vez mais delicada. Sua reeleição pode estar ameaçada, com a possibilidade de nem mesmo chegar ao segundo turno. As próximas decisões e movimentos políticos serão cruciais para o futuro da gestão municipal e para o destino da própria prefeita.