A pré-campanha da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, está enfrentando uma série de problemas internos que podem comprometer ainda mais a tentativa de reeleição de Lopes. Em vez de uma estratégia coesa e de apoio unificado, o que se vê é um quadro de desorganização e desinteresse por parte de membros-chave do seu próprio partido, o Progressistas.
Segundo denúncias, Marco Aurélio Santullo, tesoureiro do partido e atual Secretário de Governo, juntamente com seu adjunto Ulisses Rocha, têm desviado seu foco das atividades essenciais na Capital para promover campanhas de outros candidatos no interior do estado. Ambos, mesmo recebendo altos salários da prefeitura, têm sido vistos em uma espécie de “tour” político, que inclui visitas a Camapuã e outras regiões do norte do estado, onde têm se dedicado a apoiar candidaturas que não são as da prefeita.
Esse comportamento foi descrito por críticos como “cuspir no prato que come”, uma metáfora que ilustra bem o nível de deslealdade e falta de compromisso com a gestão atual.
No dia 20 de Julho, o Secretário, assim como o adjunto, estiveram em Camapuã, auxiliando na campanha do prefeito da cidade, Manoel Nery. O ocorrido demonstra que as pessoas que compõem a gestão, não acreditam na reeleição e já buscam novas alternativas para continuar exercendo cargos públicos. Isso reflete as divergências dentro do próprio partido e a falta de fé na eleição da atual prefeita.
VEJA:
A indiferença e o aparente desdém de Santullo e Rocha pela campanha de reeleição de Adriane Lopes refletem uma crise mais profunda: a falta de crença, mesmo dentro da própria administração, na viabilidade de sua candidatura. Esse desalinhamento interno não só mina os esforços de campanha como também passa uma mensagem negativa para o eleitorado, sugerindo que, se nem os aliados mais próximos acreditam na vitória, por que os eleitores deveriam?
Essa situação tem gerado revolta entre os correligionários mais fiéis da prefeita, que continuam a se dedicar à campanha, participando de reuniões e buscando estratégias para tentar salvar o que restou da campanha de Adriane após perder o Partido Liberal (PL), principal aposta dela para as eleições. A falta de comprometimento de figuras importantes como Santullo e Rocha é vista como uma traição aos esforços coletivos e uma zombaria para com a equipe que trabalha arduamente na pré-campanha.
Em um cenário onde a unidade e o apoio interno são cruciais para o sucesso eleitoral, a fragmentação e a falta de liderança clara dentro do Progressistas podem condenar a campanha de Adriane Lopes ao fracasso. Sem um esforço coordenado e sem o apoio de todos os membros, a reeleição parece cada vez mais um objetivo distante.