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Ambientalistas e artistas se calam diante das chamas que consomem a Amazônia

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Enquanto a Amazônia bate recorde de queimadas em menos de um mês, com 2,5 milhões de hectares de floresta que viraram cinzas, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ, artistas e ambientalistas que fizeram estardalhaço no governo Bolsonaro (PL) agora se calam no governo Lula, quando não desaparecem do mapa.

Lula, aliás, vem sendo duramente criticado por deputados federais de oposição que acusam o petista e a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) pela falta de iniciativas para impedir os incêndios que se alastram no campo em todo o Brasil. O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), foi taxativo: “Lula não sabe lidar com queimadas na Amazônia”.

A badalada ativista climática Greta Thunberg, que fez muito barulho no governo Bolsonaro apoiada por boa parte da mídia, agora está do outro lado do Atlântico enquanto a Amazônia arde em chamas. No último sábado, ela bloqueou um pequeno terminal petrolífero que faz parte da fábrica de processamento de gás da Noruega. Nada relevante, comparado ao que está acontecendo aqui no País, onde é registrada a pior temporada de queimadas em quase duas décadas.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) explica a debandada geral dos artistas e ambientalistas, lembrando que o corredor de fumaça que se espalhou já afetou dez estados.

“O Greenpeace Brasil [no governo Bolsonaro] reuniu mais de 30 artistas para lançar a música Canção para a Amazônia, assinada por Carlos Rennó e Nando Reis. Vários artistas que participaram da ação, também fizeram campanha para Lula em 2022, claro. Porém todos eles seguem calados sobre o aumento das queimadas no Brasil”, disse o parlamentar em um artigo publicado na imprensa.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, por sua vez, explica a incapacidade do governo Lula. Lima argumentou que os desmatamentos e queimadas no Amazonas são resultado de uma lógica econômica e que a repressão, como regra, não resolve a questão de forma eficaz. O governador sugeriu que, em vez de focar na punição, o governo petista deveria investir em projetos estruturantes para prevenir o problema recorrente das queimadas.

“Hoje, no atual governo, nós temos uma cultura que se torna permanente que é da punição. Nos parece que a punição acaba se tornando uma regra, quando deveria ser a exceção”, declarou. “O que defendia o presidente [Jair] Bolsonaro é o que nós defendemos aqui, que é a geração de emprego, a oportunidade das pessoas e a defesa da atividade econômica”, lembrou Lima.