Search

Após ser chamado de machista, Ciro desafia PT a se pronunciar sobre filho de Lula

Pedetista ainda voltou a falar sobre Janaína Farias: "Cortesã"

Compartilhe nas redes sociais

O ex-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT-CE), chamou a senadora Janaína Farias (PT-CE) de “cortesã” e afirmou que ela era a “pessoa que organizava as farras do Camilo Santana”, atual ministro da Educação. Ele ainda rebateu os que o consideram “machista” por declarações do tipo, desafiando o Partido dos Trabalhadores (PT) a fazer uma nota sobre o que a sigla pensa sobre as acusações de violência doméstica contra Luís Cláudio, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As falas ácidas ocorreram durante entrevista ao Jornal Jangadeiro, nesta quarta-feira (24). Na ocasião, Ciro disse que Camilo passou seu cargo de senador – a fim de assumir o MEC – para uma suplente cuja “qualificação é nenhuma”.

Há duas semanas, o pedetista já havia chamado a senadora de “assessora para assuntos de cama”, expressão que foi reiterada por ele na entrevista desta quarta.

– Camilo faz chegar no Senado Federal, manipulando, uma pessoa cuja qualificação é nenhuma. Aí, eu acuso. Qual é o mérito dela? Usei uma palavra mais moderada, falei que era assessora para assuntos de alcova. Pois bem, em vez de ser assessora de alcova, agora vou substituir, ela é simplesmente a pessoa que organizava as farras do Camilo Santana – disse o ex-ministro.

Na sequência, ele declarou que a representante de seu estado no Senado é uma “cortesã”.

– O que tenho a ver com a vida particular de Santana? Nada. E a vida particular dela? Nada. Agora, botar no senado? A voz do Ceará no Senado, mulher cearense representada no Senado por uma cortesã? – disparou.

Na semana retrasada, Janaína contou ao jornal O Globo estar “indignada” e comunicou que vai processar Ciro Gomes.

– Fiquei extremamente indignada. Apesar de conhecer o histórico deste senhor, não acreditava que pudesse chegar tão baixo. Acredito que as mágoas e derrotas que ele acumula terminaram por ser liberadas de forma violenta em um alvo que ele acreditava ser mais frágil: uma mulher.

– É lamentável que esse tipo de discurso ainda persista, principalmente vindo de alguém que há tantos anos está na política. Toda essa experiência que ele diz ter, não parece ter servido para nada. Misoginia, machismo e violência política de gênero parecem ser o único aprendizado que ele teve ao longo do tempo – completou.