Camila Jara teve 9,43% dos votos e o partido agora aguarda uma conversa com Rose Modesto (União) para declarar apoio ou não.
A condição estabelecida para qualquer aliança é a inclusão de pautas que estavam no programa de governo de Camila e tiveram maior adesão popular.
A vereadora Luiza Ribeiro, reeleita neste domingo, explica que o partido convocará o diretório para definir os caminhos a partir de agora.
Luiza acredita que o partido terá dificuldade de aliança com Adriane Lopes (PP) por conta do desejo de mudança nas urnas, representado por 68,33% que não votaram nela.
“Sinal que querem a renovação. Seria mais fácil pela aliança com a Rose pelo sentimento de renovação. Adriane tem uma rejeição maior dentro do PT. Mais dificuldade de apoiar Adriane pelo desejo de mudança. Conservar Adriane na prefeitura não corresponde ao desejo de mudança”, pontuou.
Luiza não leva em consideração a participação de Jair Bolsonaro, o que afastaria ainda mais o partido. Ela acredita que nem Adriane deve procurar o ex-presidente.
“Ele já foi derrotado no primeiro turno, apoiando Beto. Foi muito derrotado. Não sei se interessa a alguém pedir apoio de quem a população demonstrou não ter interesse”, analisou.
Indagada se Rose não teria dificuldade de aliança com o PT, por conta do eleitor mais conservador da Capital, Luiza citou os votos de Camila, os três eleitos do partido e a presidência ocupada por Luís Inácio Lula da Silva.
O presidente municipal, Agamenon, ressalta que o PT aguardará ser procurado antes de se manifestar oficialmente. Para isso, uma comissão composta por ele, pelo deputado estadual Pedro Kemp, a deputada federal Camila Jara e o deputado federal Vander Loubet, irá anunciar a decisão sobre o apoio no segundo turno até a próxima quinta-feira (10).