Eita nóis, que lá vou eu apanhar feito cão sarnento da bolsonarada dos quartéis. Sim, sempre que sou mais, digamos, jocoso do que o normal com o ‘mito”, meia dúzia de vivandeiras da terceira idade não me perdoam e descem a lenha neste pobre escriba de quinta categoria. Aliás, dá para desocupar a Raja (avenida de BH) ou tá difícil, hein?
Ok, eu confesso: às vezes eu deveria ter mais respeito com o presidente da República (eu sei que não parece, mas ainda temos um). Ocorre que não consigo, pois o próprio zoado não se dá nem merece o menor respeito. É o primeiro a xingar, a ofender, a esquecer do decoro e a não guardar a mínima liturgia que o cargo lhe impõe.
O amigão do Queiroz (aquele miliciano carequinha que entupiu a conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 90 mil reais em cheques), desde que levou uma sapecada eleitoral de Lula da Silva, o ex-meliante de São Bernardo, se enclausurou no Alvorada e de lá nunca mais saiu, até ressurgir sorumbático dois dias atrás.
O macambúzio até nsaiou algumas palavras, mas a dicção e a concatenação de ideias, que nunca foram seu forte, parecem ter piorado sobremaneira. Antes, o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias compradas com panetones de chocolate e dinheiro vivo parecia Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento. Agora, nem isso.
Tanto é que, neste domingo (11), em passeio pelos jardins das emas – aquelas penosas de pernas compridas, que recusaram cloroquina -, o verdugo postou-se diante um grupo de fanáticos que oram aos ETs, e por lá permaneceu, mudo e estático, como uma estátua viva (tipo aqueles artistas de rua, sabem?), meio que a assombrar o ambiente.
Quem é de Belzonte (Belo Horizonte, pô!) conhece a lendária personagem Loira do Bonfim. Trata-se de uma moça maravilhosa – loira, é claro – que seduzia os homens no centro da cidade e os convidava para conhecer sua casa no bairro Bonfim. Só que, na verdade, não era casa, mas o cemitério que recebe o mesmo nome do bairro.
Não sei por que associei a imagem do maníaco do tratamento precoce à da Loira do Bonfim. Talvez um zumbi fizesse mais sentido. Ou um morto-vivo, do tipo Drácula dos anos 1970, magistralmente interpretado por Christopher Lee (1922-2015). Só sei que Jair Bolsonaro está mais para cadáver ambulante que para imorrível.
Aproveite os últimos dias de golpista em exercício, caro imbrochável, pois o momento de Jair embora vem ligeiro. E assim que deixar as dependências dos palácios, leve consigo seus enroscos judiciais (Lula os têm de sobra, com ou sem STF para anular). Vá e não volte, ok? Não faça como o chefão do mensalão e petrolão que retornou para nos assombrar. R.I.P.