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Bolsonarista foragido: tigrão com jornalista, tchutchuca com a Justiça

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Uma das principais características da horda criminosa que tomou de assalto a paz social do Brasil ano passado é a valentia de grupo, do tipo que, cercada dos seus, transforma a vovózinha de bengala em agressora de repórter, como ocorrido na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, durante as manifestações de 7 de setembro de 2022.

Aliás, majoritariamente formados pela terceira idade da classe média brasileira, os bandos que se instalaram às portas dos quartéis por todo o País mostraram claramente como funciona o tal efeito de manada, ou de rebanho. Individualmente incapazes de fazerem mal a uma mosca, agrupados os tiozões tornaram-se violentos agressores.

Um dos líderes dos golpistas em BH, um comerciante picareta que à Justiça se declara pobre, mas que trafega pelas ruas em carro importado, encontra-se foragido, provavelmente fora do Brasil, enquanto a Polícia Federal bate à sua porta a fim de cumprir um mandado de prisão preventiva pela participação e financiamento dos atos golpistas.

O ex-tigrão, que agrediu covardemente um jornalista ao lado de seus pares, hoje é uma tchutchuca fugitiva, escondida sob a cama, chorando como bebê desamparado, pedindo desculpas à Justiça. Como ele, seu líder, o “mito”, mostrando quem é quem nessa bandalheira toda: os ricos se mandaram, e os pobres se lascaram.

Toda vez que vejo ou leio notícias sobre os idiotas presos em Brasília, ou sobre as operações da Polícia Federal em busca dos criminosos, ao contrário do que deveria ocorrer – e que eu gostaria que ocorresse -, confesso, sinto um certo prazer, uma satisfação, eu diria, perversa, muito semelhante à sensação de vingança.

Essa gente não merece misericórdia nem perdão. A um porque não teriam comigo e com quem os combateu caso lograssem êxito no golpe de Estado que tentaram. A dois porque o que fizeram foi de uma gravidade ímpar, singular. A três porque, quanto maior a exposição da punição, mais didático e pedagógico serão os efeitos.

Não que eu deseje o pior a estas pessoas, mas, de certa forma, elas representam amigos queridos que me fizeram muito mal pelo apoio ao golpista-mor (covardão de férias nos EUA), durante o ápice do transe coletivo a que assistimos. Como não as conheço – e meus amigos eu adoro -, a prisão e a dor delas (por transferência) me satisfaz. Feio, né?