O Partido Liberal (PL) terá muita dificuldade para efetivar candidatura própria em Campo Grande. As intrigas no partido encheram a cabeça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e acabaram empurrando o partido no colo do PP, da senadora Tereza Cristina.
A gota d’água foi o lançamento da pré-candidatura de Tenente Portela, segundo ele, a pedido de Bolsonaro. Portela derrubou Rafael Tavares (PL), mas também o partido. Dias depois, ele recuou e disse que caberá a Bolsonaro escolher os rumos do partido, que agora está bem próximo da aliança com o PP, ainda que a maioria no PL não aceite apoiar Adriane Lopes (PP).
Agora, enquanto os outros pré-candidatos fazem reuniões em bairros, o PL aguarda a decisão de Bolsonaro, com o fantasma do PP cada vez mais perto de engolir o partido.
Marcos Pollon, Coronel David e Rafael Tavares já foram pré-candidatos, mas desistiram. Pollon, sempre disse que aguardaria Bolsonaro, mas David e Tavares desistiram por conta da confusão no partido.
David não gostou de ser excluído após conversa de Bolsonaro com Capitão Contar, que é filiado ao PRTB. A conversa resultou no anúncio de João Henrique como possível candidato. Dias depois, ele declarou que não seria mais candidato. Já Tavares saiu após ser retirado por Portela, alegando seguir ordem de Bolsonaro. Agora, sobraram Portela, que espera ser ungido e votado como o amigo de Bolsonaro, e João Henrique Catan, que sonha em disputar pela segunda vez a prefeitura, desta vez com padrinho.
Do outro lado, Adriane aguarda apenas o anúncio de Bolsonaro, que dará ao partido um grande tempo na propaganda eleitoral, além da força que espera ganhar com o apoio do ex-presidente. Ainda não há data para o anúncio de Bolsonaro.
Indagado se teve algum conversa com o ex-presidente sobre os rumos em Campo Grande, o presidente estadual do PL, Marcos Pollon, declarou que está cuidando primeiro das pré-candidaturas do interior.