O Exército da China deu início ao segundo dia de exercícios militares em torno de Taiwan nesta sexta-feira (23).
A operação visa testar a capacidade dos chineses de “tomar o poder”, controlar áreas-chave e de punir o novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, considerado um separatista.
Os dois dias de exercícios no Estreito de Taiwan e em torno de ilhas controladas por Taiwan perto da costa chinesa começaram apenas três dias após Lai assumir o cargo.
A China nunca descartou o uso da força para colocar Taiwan sob seu controle.
O governo da ilha condenou os exercícios e enviou suas forças armadas para monitorar as forças chinesas.
Lai tem oferecido diálogo com a China, mas foi rejeitado. Ele diz que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro e rejeita as reivindicações de soberania de Pequim.
As recentes ações do “líder da região de Taiwan” só acelerarão a “destruição” das forças pró-independência em Taiwan, escreveu o jornal do Partido Comunista chinês.
A China está disposta a criar “amplo espaço para a reunificação pacífica”, mas nunca deixará espaço em Taiwan para “atividades separatistas”, acrescentou o jornal.
Analistas e diplomatas regionais observaram que até agora a escala dos exercícios era menor do que os exercícios similares em 2022 e era amplamente antecipada por autoridades taiwanesas e estrangeiras.
Eles disseram que Pequim estava enviando um aviso finamente calibrado de que as forças chinesas poderiam tentar um bloqueio rápido se quisesse deixar Lai de fora.