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Confira 5 problemas internos dos EUA que podem ser decisivos para a eleição presidencial no país

Às vésperas da eleição presidencial nos EUA, marcadas para 5 de novembro, a Sputnik Brasil lista cinco temas que afetam a vida da população americana e podem impactar na corrida pela Casa Branca.

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Os EUA estão a menos de uma semana da eleição presidencial que decidirá pela continuidade da gestão democrata, com Kamala Harris, ou pelo retorno dos republicanos ao poder, novamente liderados por Donald Trump.

Embora a agenda externa tenha dominado boa parte da campanha de ambos os candidatos, é notório entre analistas que o que decide uma eleição são os problemas mais próximos do cotidiano da população.

Sputnik Brasil listou cinco problemas internos que podem ser decisivos para o pleito de 5 de novembro, boa parte deles causados pela política de intervenção de Washington em outros países.

Inflação

Embora tenha desacelerado em relação ao pico registrado em 2022, quando atingiu 9,1%, a maior alta em 40 anos, a inflação ainda corrói o poder de compra da população americana. Em setembro, o índice ficou em 2,5%, acima dos 2,3% esperados pelo mercado.

Após a eleição de Joe Biden, que tinha a retomada econômica como uma de suas bandeiras, eleitores esperavam um arrefecimento da inflação, após quatro anos de aumentos consecutivos. Porém a alta inflacionária persistiu, afetando os preços dos alimentos e atualmente levando trabalhadores a se endividarem ou recorrerem a empréstimos para garantir a subsistência.

Desemprego

Em setembro, o Departamento do Trabalho divulgou que a taxa de desemprego nos EUA caiu para 4,2%, com 142 mil vagas de emprego abertas em agosto. O número, no entanto, ficou abaixo do esperado pelo mercado, que projetava a criação de 160 mil vagas.

Os dados do departamento apontam que apesar da ligeira queda ainda há 7,1 milhões de pessoas desempregadas no país, o que explica o aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego, que em setembro ficou em 230 mil, um aumento em relação aos 227 mil registrados no final de agosto.

Salto na dívida pública

A dívida pública dos EUA superou neste ano, pela primeira vez, a marca de US$ 35 trilhões (cerca de R$ 201 trilhões na cotação atual), segundo dados divulgados em agosto pelo Departamento do Tesouro dos EUA. O montante começou a aumentar durante os gastos exigidos para conter os efeitos da pandemia, mas continuou ao longo da atual administração.

Em julho, ao abordar o tema, o presidente do Comitê de Orçamento da Câmara dos Representantes dos EUA, Jodey Arrington, classificou a dívida pública como um “marco alarmante” e pediu por mais responsabilidade fiscal com relação aos gastos públicos.

Imigração

Sem dúvida um dos pontos nevrálgicos para a política americana, a imigração causou um embate entre o presidente Joe Biden e o governador do Texas, o republicano Greg Abbott, em relação à entrada de pessoas pela fronteira dos EUA com o México, que aumentou exponencialmente nos últimos quatro anos.

A atual política do governo americano para conter a imigração é considerada um fracasso. Segundo um levantamento publicado em maio, cerca de 1,6 milhão de migrantes conseguiram entrar nos EUA de forma ilegal pela fronteira sul do país.

Apoio a Israel e Ucrânia

A pressão contra o apoio dos EUA à ofensiva israelense e ao envio de auxílio à Ucrânia também podem impactar na corrida eleitoral. Isso porque, embora sejam temas externos, têm impacto direto na inflação e na capacidade de defesa dos EUA, uma vez que os conflitos prolongados vêm drenando os arsenais do país.

Os EUA já lançaram mais de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,37 bilhões) em interceptadores desde que a ofensiva israelense começou e mantêm em paralelo um contínuo fluxo de armamento para a Ucrânia. Recentemente, um artigo publicado no Washington Post alertou que os EUA não desenvolveram uma base industrial de defesa destinada a uma guerra de atrito em larga escala na Europa e no Oriente Médio.