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Demissão de servidor se deu por motivação política, afirma TSE

TSE afirma que abriu um processo administrativo para apurar o caso

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira, 26, em que afirma que a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, se deu por motivação política. Em depoimento prestado à polícia, Alexandre Machado alega que foi exonerado pelo TSE na manhã da terça-feira 25, depois de enviar um e-mail emitido pela rádio JM On Line.

Segundo o ex-servidor, no e-mail, a emissora teria admitido que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação cem inserções do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

“O Tribunal Superior Eleitoral informa que a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, que ocupava o cargo em comissão de confiança de assessor (CJ-1) da Secretaria Judiciária, foi motivada por indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas”, afirmou o TSE.

Segundo a Corte, a reação do servidor, que teria procurado por conta própria a Polícia Federal, foi uma tentativa de evitar responsabilização. O TSE afirma que abriu um processo administrativo para apurar o caso.

“A reação do referido servidor foi, claramente, uma tentativa de evitar sua possível e futura responsabilização em processo administrativo que será imediatamente instaurado.

“As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal  são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas.”

Ainda na nota, o TSE nega que tenha recebido informações do ex-servidor a respeito de supostas irregularidades nas inserções e na fiscalização desde 2018. Mais cedo, Oeste apurou com fontes do TSE que o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou que uma equipe começasse imediatamente os trabalhos para localizar os e-mail que teriam sido enviados à chefe de gabinete da secretária-geral do TSE, Ludmila Boldo Maluf.

“Ao contrário do informado em depoimento, a chefia imediata do servidor esclarece que nunca houve nenhuma informação por parte do servidor de que “desde o ano 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existam falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita.”

Leia a íntegra da nota do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral informa que a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, que ocupava o cargo em comissão de confiança de assessor (CJ-1) da Secretaria Judiciária, foi motivada por indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas.

A reação do referido servidor foi, claramente, uma tentativa de evitar sua possível e futura responsabilização em processo administrativo que será imediatamente instaurado. 

As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas.

Ao contrário do informado em depoimento, a chefia imediata do servidor esclarece que nunca houve nenhuma informação por parte do servidor de que “desde o ano 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existam falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita”. 

Se o servidor, no exercício de suas funções, identificou alguma falha nos procedimentos, deveria, segundo a lei, ter comunicado imediata e formalmente ao superior hierárquico, sob pena de responsabilização.

É importante reiterar que compete às emissoras de rádio e de televisão cumprirem o que determina a legislação eleitoral sobre a regular divulgação da propaganda eleitoral durante a campanha. É importante lembrar que não é função do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las, e cabe aos candidatos o dever de fiscalização, seguindo as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610/2019.