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Dólar registra mais uma forte alta nesta quarta-feira

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Hoje (19/6), enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) decide o futuro da taxa Selic no Brasil, o dólar apresenta forte valorização, atingindo R$ 5,469, com aumento de 0,64%. Além das preocupações internas relacionadas ao quadro fiscal e à Selic, o mercado de câmbio também acompanha a valorização global do dólar em relação a algumas moedas emergentes.

Os ajustes no câmbio também são influenciados pela baixa liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos nesta quarta-feira, 19. Mais do que a manutenção ou redução da taxa Selic, atualmente em 10,50% ao ano, os investidores aguardam com grande expectativa o resultado da votação, esperando que os diretores do Banco Central (BC) alcancem unanimidade, após as divergências ocorridas em maio.

Apesar das preocupações fiscais dominantes, que contribuem para o aumento dos prêmios de risco, analistas apontam que um placar homogêneo pode reduzir a volatilidade das taxas. Ontem, terça-feira, 18, houve cautela devido ao discurso crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicando um perfil desejado para o próximo mandatário da instituição.

Na agenda política, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve se reunir com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além dos líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), em um almoço hoje, quarta-feira, 19.

Os principais pontos em discussão incluem a busca por compensações para a desoneração de 17 setores e prefeituras, bem como a proposta de renegociação das dívidas dos Estados. Na semana passada, a Casa Alta do Congresso apresentou uma lista de medidas que poderiam contribuir para esse propósito, como a repatriação de recursos mantidos no exterior, o uso de depósitos judiciais esquecidos e um programa de refinanciamento de multas de agências reguladoras.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, no entanto, indicou que os cálculos preliminares da Fazenda apontam que essas sugestões não são suficientes para cobrir os cerca de R$ 17 bilhões necessários para compensar a renúncia fiscal decorrente da desoneração.