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Dos 616 mil votos aos 2,4 mil, juiz Odilon amarga terceiro fracasso consecutivo nas urnas

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Após sua aposentadoria, o juiz federal Odilon de Oliveira (PP) amargou sua terceira derrota consecutiva nas urnas. De quase eleito governador de Mato Grosso do Sul em 2018, o magistrado aposentado teve desempenho pífio no domingo, 6 de outubro, e não conseguiu conquistar uma vaga de vereador na Câmara Municipal de  Campo Grande.

Depois de chegar ao segundo turno contra o então candidato Eduardo Riedel (PSDB), na disputa ao Governo do Estado, quando obteve 616.422 votos, Odilon priorizou a reeleição do filho, Odilon Júnior, a vereador em 2020. Entretanto, o objetivo não foi alcançado.

De segundo vereador mais votado em 2016, quando conquistou 6.825 votos, Odilon Júnior naufragou ao obter apenas 1.534 votos. O fracasso acabou sendo um prenúncio do que viria pela frente para seu pai, que dois anos depois, em 2022, ficou em 4º na disputa como senador, com 146 mil votos.

Em 2024, juiz Odilon deixou o PSD para apoiar a reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Apesar de a pepista conseguir ir ao segundo turno como a mais votada, o magistrado aposentado ficou de fora da lista de 29 vereadores eleitos, ao obter somente 2.435 votos. Marquinhos Trad (PDT), que ficou no topo, teve 8.567 votos.

Odilon teve uma carreira de três décadas na Justiça Federal e ganhou os holofotes ao condenar uma série de narcotraficantes e sofrer ameaças de morte. Ele foi tema de um filme e de documentário da HBO.

Em 2018, ao disputar o governo pelo PDT, o magistrado aposentado obteve 408.969 votos no primeiro turno e 616.422, no segundo. O que parecia ser apenas uma questão de tempo, a conquista de um cargo eletivo agora parece improvável, e pode sepultar a expectativa de uma nova carreira que não chegou a ter início.