No mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou Israel pela resposta aos ataques do grupo terrorista Hamas, a Embaixada israelense no Brasil publicou, em suas redes sociais, um vídeo em que os pais dos reféns choram na Faixa de Gaza esperando ser ouvidos por seus filhos.
– Meu filho, sinto que você está vivo. Elkana Bohbot, estamos te esperando! – diz um pai, no vídeo.
Uma mãe também teve a oportunidade de falar no microfone e em voz alta soltar toda sua esperança de reencontrar seu filho, que foi levado pelos terroristas durante o ataque do dia 7 de outubro de 2023.
– Tenho tantas saudades de você! Se cuida por favor, meu amor, Romi, temos tantas saudades de você. Fazemos tudo por você. Tudo! Rezamos todos os dias para que você volte – diz ela.
A publicação da Embaixada mostra o desespero de todo um país para resgatar seus cidadãos que foram levados por soldados em um dos maiores ataques terroristas já registrados.
– Pais gritam os nomes de seus filhos sequestrados na fronteira de Gaza. Eles gritam na esperança de que seus filhos os ouçam nas masmorras do Hamas. (…) Seu grito desesperado é o de todo o povo de Israel – diz a legenda do vídeo.
LULA ATACA ISRAEL POR PERSEGUIR O HAMAS
Em um discurso realizado no Cairo, capital do Egito, nesta quinta-feira (15), o presidente Lula acusou Israel pelos ataques em Gaza.
– Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento – disse o petista.
Essa não é a primeira vez que Lula faz uma acusação parecida contra Israel. Ao receber brasileiros vindos da Faixa de Gaza, no dia 13 de novembro do ano passado, o petista acusou os israelenses de “terrorismo” e disse que eles estavam matando crianças.
– Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo, o Estado de Israel está cometendo mais um ato de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão em guerra, que as mulheres não estão em guerra. Ao não levar em conta que eles não estão [só] matando soldados, eles estão matando junto crianças – disse ele, na ocasião.