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Embaixadora dos EUA em Brasília diz que navios do Irã não deveriam poder ancorar no Brasil

Autoridade que participou de encontro entre Lula e Biden disse que a reunião, que era para durar 15 minutos, ganhou mais 45 devido à "sinergia" entre os países. Ela também sublinhou a "preocupação" dos EUA com navios do Irã querendo atracar no Brasil.

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A conversa entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu homólogo norte-americano, Joe Biden, estava agendada para durar 15 minutos, porém, de acordo com a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, que participou da reunião, o diálogo entre os líderes durou mais de uma hora.

“Devido a uma agenda apertada, a reunião entre o presidente Biden e o presidente Lula estava prevista para durar 15 minutos. No entanto, durou mais de uma hora”, afirmou Bagley citada pelo portal UOL.

A imprensa fez algumas perguntas à embaixadora, e em uma delas, ela respondeu negando que a extradição do ex-presidente, Jair Bolsonaro, foi tópico da conversa. O encontro que contou apenas com tradutores e poucas autoridades de ambos os governos.

“Isto é algo que seria [tratado] entre os governos. Até onde nós sabemos nada foi discutido nesse sentido. Soubemos apenas através da imprensa que ele [Bolsonaro] pretende retornar. Não foi discutido tanto na reunião dos presidentes quanto na reunião com os gabinetes.”

Apesar de já terem anunciado o valor da verba norte-americana para o Fundo Amazônia, de US$ 50 milhões (R$ 260 milhões), a autoridade informou que a Casa Branca e o Senado decidirão “nas próximas semanas” o valor a ser empenhado para o fundo, dando a entender que o valor não foi fechado.

Após anunciada a ajuda para a organização, foi ventilado que o Palácio do Planalto achou a verba “modesta” diante das que serão enviadas por países europeus.

Ao mesmo tempo, a embaixadora pontuou a apreensão dos EUA com navios iranianos que atracariam no Rio de Janeiro, visto que Washington vê com “muita preocupação” a possibilidade de embarcações do Irã ancorarem em águas brasileiras.

“Esses navios no passado facilitaram comércio ilícito e atividades terroristas. Nós acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar”, afirmou.

Navios do Irã atracariam no Rio de Janeiro em janeiro, recebendo sinal verde do Ministério das Relações Exteriores brasileiro e da Marinha do país. Entretranto, após mudança de data pedida por Teerã e uma análise de que a solicitação pretendia provocar os Estados Unidos, o Brasil vetou a entrada dos navios, conforme noticiado.