Ao dissolver a Assembleia Nacional (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil), Macron convocou novas eleições para os dias 30 de junho (primeiro turno) e 7 de julho (segundo turno). O presidente francês fez isso na tentativa de reverter o fato de não ter conseguido formar maioria na Casa, o que dificultaria a aprovação de leis mais complexas.
“Tenho confiança na capacidade do povo francês de fazer a escolha correta para si e para as gerações futuras. Minha única ambição é ser útil ao nosso País que tanto amo”, escreveu Macron, por meio de seu perfil no X (antigo Twitter).
A movimentação do presidente francês aconteceu após o partido de extrema-direita RN (Reunião Nacional) conseguir 31,3% dos votos. A candidata da aliança centrista de Macron, Valérie Hayer, conquistou o segundo lugar com 14,60% dos votos, seguida pelos socialistas (13,83%). Na sequência, aparecem o partido França Insubmissa (esquerda radical, 9,89%), a legenda Os Republicanos (direita, 7,25%), os ecologistas (5,5%) e o partido extremista Reconquista (5,47%), segundo os números oficiais.
Com a decisão, Macron destituiu todos os deputados que ocupavam o cargo a ficariam até 2027, quando a França realizaria novas eleições parlamentares e também presidenciais. Jornais franceses consideram que Macro fez “uma aposta arriscada”, pois ele não possui uma base forte na Assembleia Nacional.
Além disso, a estratégia pode resultar no oposto esperado por Macron, que é o aumento da representação da oposição no Parlamento. Se isso acontecer, o Reagrupamento Nacional pode chegar a comandar o Legislativo, o que levaria Marine Le Pen, opositora de Emmanuel, ou Jordan Bardella, líder político de extrema direita, aos cargos de primeira ou primeiro-ministro.