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Equipe do Telegram considera ‘absurdas’ acusações contra CEO por abusos na plataforma

Pela primeira vez, a equipe da rede social Telegram comentou a prisão do CEO Pavel Durov em um aeroporto nas proximidades de Paris, na França. O empresário de 39 anos é acusado de diversos crimes ao não colaborar com as autoridades do país em investigações.

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Em nota divulgada neste domingo (25), o Telegram afirmou que é injustificável culpar a plataforma ou seus proprietários por quaisquer abusos cometidos por usuários.

“O Telegram cumpre as leis da União Europeia, incluindo a Lei dos Serviços Digitais — sua moderação está dentro dos padrões da indústria e em constante melhoria. O CEO do Telegram, Pavel Durov, não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa. É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo uso indevido do aplicativo”, diz o comunicado.

A equipe acrescentou que aguarda uma resolução rápida para essa situação.

Durov, que possui dupla cidadania russo-francesa, foi detido em um aeroporto ao norte de Paris no sábado (24). O empresário de 39 anos enfrenta uma ampla gama de acusações relacionadas ao uso criminoso do aplicativo de mídia social, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, fraude e lavagem de dinheiro, o que pode lhe render até 20 anos de prisão.

Edward Snowden, que é um ex-contratado da Agência de Segurança Nacional dos EUA que fez várias denúncias de espionagem do órgão contra governos e autoridades mundo afora, chegou a acusar o presidente francês, Emmanuel Macron, de tomar o CEO do Telegram, Pavel Durov, como refém para garantir acesso clandestino ao popular aplicativo de mensagens.

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que o país vai acompanhar a reação de organizações internacionais à prisão do fundador do Telegram.

“Vamos levar em consideração em nosso trabalho o comportamento e as reações das organizações internacionais que em outros casos fizeram pressão política, informacional e psicológica sobre nosso país. Realmente queremos ver e monitoraremos que tipo de atenção elas darão à proteção dos direitos humanos e à liberdade de expressão”, disse Zakharova à emissora Rossiya 24.