Após os resultados das eleições legislativas da França serem conhecidos neste domingo (7), a tradicional Place de la République, em Paris, virou palco de vandalismo e confusão causada principalmente por militantes da extrema-esquerda, que resolveram entrar em confronto contra a polícia. De acordo com o jornal francês Le Parisien, os embates começaram pouco antes das 22h (17h pelo horário de Brasília).
Vídeos que circularam pela rede social X mostraram diversas pessoas gritando “ganhamos” e “todo mundo odeia Bardella”, em referência ao eurodeputado Jordan Bardella, líder do partido de direita Reagrupamento Nacional.
Por volta das 23h, a escalada de violência aumentou quando objetos foram lançados contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.
Place de la République ce soir.
— Jean MESSIHA (@JeanMessiha) July 7, 2024
L’extrême-gauche est le pire ennemi de la France.
Elle gagne, elle détruit tout.
Elle perd, elle détruit tout.
Il faut éradiquer l’extrême-gauche islamo-collaborationniste. pic.twitter.com/D1uxwEwEGM
Imagens filmadas por jornalistas no local também mostraram uma barricada montada pelos manifestantes, além do lançamento de morteiros na direção dos policiais.
De acordo com o Le Parisien, os serviços de inteligência já esperavam um “endurecimento” a partir de domingo à noite por parte dos “movimentos extremistas” e, por isso, cerca de 30 mil policiais foram mobilizados, incluindo 5 mil em Paris.
Nas urnas, o Ministério do Interior da França divulgou que a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em primeiro lugar nas eleições, com 182 assentos da Assembleia Nacional. A coalizão centrista do presidente Emmanuel Macron, intitulada Juntos, veio em seguida, com 168 cadeiras. A direita, representada pelo partido Reagrupamento Nacional e seus aliados, ficou com 143 assentos.
Segundo o levantamento do jornal francês Le Monde, com base nos dados do ministério, os outros partidos ficaram divididos da seguinte maneira: os republicanos, de centro-direita, terão 45 assentos, os outros partidos de direita ficarão com 15, as outras legendas de esquerda com 13, os outros partidos de centro terão seis, os regionalistas terão quatro, e os partidos considerados diversos terão um congressista.