Os vereadores Professor André Luis (Rede) e Marcos Tabosa (PDT) suspeitam de uma suposta ‘folha secreta’ na Prefeitura da Capital herdada na gestão passada. Diante da falta de transparência da prefeitura sobre os dados com gastos de dinheiro público, os vereadores impetraram um mandado de segurança e solicitaram acesso à informação aos dados da Prefeitura de Campo Grande. Esses valores seriam verbas pagas anualmente a secretários e alguns servidores na gestão de Marquinhos Trad (PSD).
Durante audiência pública de prestação de contas para exposição de Relatório de Gestão Fiscal, o advogado dos Sindicatos da Guarda Civil Metropolitana, dos Médicos e de Enfermagem, Dr. Márcio Almeida, questionou a atual secretária Municipal de Finanças e Orçamento, Márcia Helena Hokama, sobre a possível existência do que ele denomina de “folha secreta”.
Hokama assumiu a pasta depois que Pedro Pedrossian Neto (PSD), titular das finanças na gestão de Marquinhos Trad, saiu para se candidatar a deputado estadual.
Uma das suspeitas, inclusive, é de que o inchaço nos pagamentos de pessoal na Prefeitura de Campo Grande tenha a ver com a campanha do PSD nas últimas eleições de 2022 em Mato Grosso do Sul.
Dentre o gastos com supostas contratações de “cabos eleitorais”, existe a possibilidade que a “folha secreta” também sustentaria um suposto gabinete do ódio da ex-gestão. Vídeos que foram espalhados para denegrir e manchar a imagem de opositores do ex-prefeito, eram comuns no período eleitoral.
Penduricalhos
Segundo o advogado sindical, as possíveis causas para o crescimento do valor da folha do Poder Executivo, para além dos eventos legislativos, seriam contratos temporários, planos de trabalho (Gratificação por Encargos Especiais), jetons e acréscimos não informados no Portal da Transparência.
Segundo ele, praticamente não houve crescimento vegetativo da folha, “tendo em vista que os quinquênios, ascensões e progressões estão represados há muito tempo”.
O advogado pontuou diversas situações enfrentadas pelos servidores: falta de aumento real há anos, professores e profissionais da enfermagem fazendo greve, auditores e procuradores com salários limitados pelo teto remuneratório.