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Irã ameaça atacar instalações nucleares de Israel em caso de agressão de Tel Aviv

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Comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica diz que Teerã identificou as instalações nucleares de Israel e tem “as mãos no gatilho” caso Tel Aviv decida atacar as instalações do Irã.

O Irã está pronto para responder de forma espelhada a um possível ataque israelense às instalações nucleares de Teerã, disse Ahmad Haqtalab, comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (18), segundo noticiou a agência Tasnim.

“Embora, de acordo com os protocolos e padrões internacionais e os regulamentos da Agência Internacional de Energia Atômica [AIEA], todos os países sejam aconselhados a abster-se de atacar instalações nucleares, a República Islâmica do Irã sempre esteve preparada para enfrentar estas ameaças desde o início”, disse Haqtalab.

“Se Israel quiser tomar medidas contra as nossas instalações nucleares, certamente enfrentará a nossa resposta; Israel e as suas instalações nucleares serão atacados. As instalações nucleares de Israel foram identificadas, as informações necessárias sobre todos os alvos estão à nossa disposição, e para responder às suas possíveis ações agressivas, as nossas mãos já estão no gatilho para lançar mísseis poderosos para destruir os alvos identificados”, complementou.

Nos últimos anos, Teerã afirmou que não pretende desenvolver armas nucleares e que o programa nuclear do país tem exclusivamente fins pacíficos.

Porém nesta quinta Haqtalab afirmou que o Irã pode revisar essa doutrina, diante dos acontecimentos recentes.

“Se o falso regime sionista quiser usar a ameaça de atacar as instalações nucleares do nosso país como um meio instrumental para exercer pressão sobre o Irã, será necessária uma revisão da doutrina e das políticas nucleares da República Islâmica do Irã e um afastamento das políticas anteriormente anunciadas.”

No último domingo (14), o Irã lançou um ataque massivo de mísseis contra Israel em retaliação ao ataque israelense contra a seção consular da embaixada iraniana em Damasco, na Síria, perpetrado no dia 1° de abril, que matou sete membros de elite do IRGC.

Segundo o Exército israelense, foram lançados contra Israel cerca de 170 drones, mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos.

Posteriormente, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Bagheri, disse que Teerã concluiu a operação contra Israel e não pretende continuá-la. Porém advertiu que se Israel responder ao ataque, a reação do Irã será maior.

O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, disse que Tel Aviv pretende criar uma coalizão regional contra a ameaça iraniana e responder ao ataque no momento certo e de maneira apropriada.