Existe uma séria determinação em responder aos vários atos de violação de Israel, mas pode haver uma longa espera pela retaliação iraniana, disse o porta-voz do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), general Ali Mohammad Naeini, nesta terça-feira (20).
Falando em entrevista coletiva hoje (20), Naeini afirmou que Tel Aviv definitivamente receberá uma resposta pelo assassinato de Ismail Haniya, ex-chefe do gabinete político do Hamas, que ocorreu em Teerã em 31 de julho.
O general observou que a população iraniana entende que os comandantes militares consideram todas as condições sobre a resposta a Israel antes de tomar uma decisão detalhada e calculada, a fim de tomar medidas eficazes que “mudarão os cálculos do inimigo”.
Naeini afirmou que o Irã não usaria cenários semelhantes para responder a Israel, dizendo que os comandantes iranianos têm a experiência e a habilidade para “punir o inimigo efetivamente” sem serem precipitados.
“Existe uma séria determinação em responder aos vários atos de violação do regime sionista. Temos controle sobre o tempo e o período de espera por essa resposta pode aumentar. Os sionistas [israelenses] têm que permanecer em estado de desequilíbrio por enquanto, pois a resposta do Irã pode não ser uma repetição das operações anteriores. Nenhuma agressão contra alvos iranianos ficou sem resposta, e o inimigo deve aguardar golpes calculados e precisos no devido tempo”, afirmou o porta-voz, segundo a agência Tasnim.
A República Islâmica e o Hamas acusaram Israel de realizar o ataque que matou Haniya horas depois de ele comparecer à posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Os Estados Unidos pediram aos aliados que têm laços com o Irã que o convençam a diminuir as tensões no Oriente Médio. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está na região para pressionar pelo progresso em direção a um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Naeini disse que Teerã apoia qualquer movimento que leve ao fim da guerra em Gaza e ajude seu povo, mas acrescentou: “Não consideramos as ações dos Estados Unidos sinceras. Consideramos os EUA como parte da guerra.”