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Itália reúne ‘elenco explosivo’ para sua cúpula do G7 e deve promover 1º encontro entre Lula e Milei

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A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni parece pronta para arquitetar o primeiro encontro presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva e Javier Milei na cúpula do G7 no próximo mês. Pela primeira vez, o Papa Francisco também deve comparecer.

Em um encontro que acontecerá na cidade de Apúlia entre os dias 13 e 15 de junho, Meloni está prestes a reunir “um elenco explosivo de personagens” para sua cúpula do G7, escreve a Bloomberg.

A Itália detém a presidência rotativa do grupo que inclui Estados Unidos, Japão, Alemanha, a França, Reino Unido, Canadá e União Europeia.

Ao trazer líderes do Sul Global para as discussões, Meloni está aumentando as hipóteses de mediar acordos significativos, mas também significa que vai enfrentar algumas inquietações de longa data, especialmente entre Lula e Milei, ressalta a mídia.

Se conseguir colocar os dois presidentes cara a cara, isso representaria um momento de tensão para Meloni, uma vez que os dois vizinhos estão envolvidos em uma guerra de palavras de alto nível.

Milei rotulou seu homólogo brasileiro de “comunista e ladrão“, enquanto Lula o classificou como “nacionalista primitivo“. Lula também criticou veementemente Israel e, no passado, o apoio ocidental à Ucrânia. Já Milei apoia com afinco o governo israelense e tem se alinhado cada vez mais aos EUA, um dos mais fortes parceiros de Kiev.

Brasil e Argentina têm comunidades consideráveis ​​de ascendência italiana, ao mesmo que têm sido um foco da diplomacia de Roma.

Os líderes de Turquia, Emirados Árabes Unidos e Ucrânia também estão confirmados em uma lista de elenco potencialmente volátil, enquanto Meloni procura solidificar as suas credenciais como estadista que pode unir outros poderosos, escreve a Bloomberg.

Narendra Modi, da Índia, e Cyril Ramaphosa, da África do Sul, também planejam estar lá, enquanto a Arábia Saudita ainda não consolidou os seus planos.

A primeira aparição do Papa Francisco, que é argentino, no G7 também será observada de perto. Aos 87 anos, o papa, que tem um histórico de sair do roteiro, também opinou sobre o conflito na Ucrânia no passado e, em março deste ano, pareceu sugerir que Kiev deveria se render à Rússia.