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Jornal O Globo diz que decisão de Dias Toffoli incentiva leniência com a corrupção

Veículo menciona que magistrado atuou de forma monocromática para anular processos contra mais um réu confesso da Operação Lava-Jato.

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Em uma análise publicada nesta semana, o jornal O Globo criticou a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular todas as ações da Operação Lava Jato contra José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS. O jornal classificou a medida como parte de um “desmonte” da Lava Jato, que foi a maior operação de combate à corrupção no Brasil.

De acordo com O Globo, Toffoli teria agido de forma isolada ao cancelar as ações sem permitir um debate em plenário, impedindo que opiniões divergentes fossem ouvidas. A publicação também acusa o ministro de incentivar uma postura leniente em relação à corrupção.

Léo Pinheiro, réu confesso da Lava Jato, foi condenado a mais de 30 anos de prisão. No entanto, sua defesa argumentou que ele foi vítima de um conluio entre a força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro. O ministro Toffoli concordou com essa tese, citando diálogos obtidos na Operação Spoofing que indicavam que Pinheiro teria sido pressionado a aceitar um acordo de delação premiada para garantir sua liberdade.

Para o jornal, a decisão de Toffoli de anular as ações contra réus confessos como Pinheiro passa uma mensagem preocupante em um país com histórico de impunidade. A análise sugere que tais decisões deveriam ser debatidas no plenário do STF, dada a importância e as possíveis implicações para o combate à corrupção no Brasil.