A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, adiou para o dia 11 de novembro deste ano, a partir das 14h, o início do julgamento do deputado estadual Neno Razuk (PL) por comandar organização criminosa e jogo do bicho. Inicialmente, a audiência estava marcada para a próxima segunda-feira (16).
Conforme despacho da magistrada, publicada no Diário Oficial da Justiça, na primeira audiência só serão ouvidas as testemunhas de acusação arroladas na denúncia. Ela avaliou que o processo envolve muitos réus e assunto complexo.
O corregedor da Assembleia Legislativa foi denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na Operação Sucessione. Conforme a ação penal, que tramita em sigilo, a suposta organização criminosa estaria usando da violência, inclusive com roubos de malote, para assumir o controle do jogo do bicho em Campo Grande, que ficou sem mandante após a Operação Omertà contra a família Name.
Além de Roberto Razuk Filho, entre os acusados estão Diego de Sousa Nunes, Mateus Aquino Junior, Valnir Queiroz Martinelli, Manoel Jose Ribeiro, Taygor Ivan Moretto Pelissari e Gilberto Luis dos Santos e outros. Santos é o major da reserva da Polícia Militar conhecido como “G Santos”, que foi preso quando era assessor do deputado estadual.
May Melke Siravegna aceitou a denúncia em fevereiro deste ano e, após manifestação das partes, considerou não haver nenhum dos motivos estabelecidos pelo Código Penal para a absolvição sumária dos acusados.