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Lula propõe no G7 cúpula de paz com participação de Rússia e Ucrânia mediada por Brasil e China

Convidado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, para participar da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs durante o discurso no encontro desta sexta-feira (14) uma reunião entre Rússia e Ucrânia para encerrar o conflito. A declaração ocorreu horas após o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar uma proposta a Kiev.

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Em meio à realização de uma conferência na Suíça sem a participação da Rússia para discutir a paz na Ucrânia, o presidente Lula sugeriu uma cúpula entre os dois países mediada por Brasil e China. “Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar. Somente uma conferência internacional que seja reconhecida pelas partes, nos moldes da proposta de Brasil e China, viabilizará a paz”, enfatizou Lula no discurso.

Na última quinta (13), o presidente brasileiro chegou a se reunir com a homóloga da Suíça Viola Amherd em Genebra, que solicitou mais uma vez a presença de Lula na cúpula prevista para este fim de semana, o que foi rejeitado.

“O presidente cumprimentou a Suíça pela organização da conferência, mas reiterou a posição do Brasil de que uma solução para a crise demandaria a participação de representantes dos dois lados do conflito. E reiterou o interesse do Brasil de participar e ajudar a viabilizar discussões de paz entre as duas partes”, justificou o governo na data.

Durante visita do assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, a Pequim no fim de maio, Brasil e China assinaram um documento com pontos em comum entre os dois países para solucionar o conflito na Ucrânia. Conforme o texto, foi proposta a realização de uma conferência internacional reconhecida por Kiev e Moscou, além de defender o diálogo.

Em junho, Vladimir Zelensky chegou a questionar a atuação de Pequim e acusou o país de trabalhar com Moscou, mas sem citar o Brasil. Na sequência, o chanceler chinês Wang Yi afirmou que pelo menos 26 nações já concordaram em aderir aos entendimentos comuns de Brasília e Pequim, enquanto outros 45 países deram “retorno positivo” às ideias.