De acordo com o Itamaraty, essa foi a primeira rodada de discussões, quando os países acordaram os termos de referência para a negociação e estabeleceram as bases para as discussões.
“O acordo deverá incluir, entre outros temas, bens, serviços, regras de origem, barreiras técnicas, medidas fitossanitárias e sanitárias, além de propriedade intelectual. As negociações visam eliminar ou reduzir tarifas alfandegárias e outras barreiras comerciais, além de facilitar o fluxo de investimentos e serviços entre as partes”, explica a nota do Ministério das relações Exteriores do Brasil.
Emirados Árabes e Mercosul: demora de mais de 20 anos
O acordo volta a avançar mais de duas décadas depois da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Liga Árabe e quase duas décadas depois da assinatura do marco de cooperação Mercosul-Conselho de Cooperação do Golfo.
Na última semana de julho o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior do Brasil aprovou o mandato negociador do acordo.
Em 2023, os Emirados Árabes Unidos foram o 28º maior destino de produtos brasileiros e, no primeiro semestre de 2024, avançaram para a 13ª posição. De janeiro a junho, as exportações brasileiras para o país árabe subiram 74% em comparação com o mesmo período de 2023.
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o país árabe em duas ocasiões: em abril, encontrou-se com o presidente dos EAU, o sheik Mohamed bin Zayed Al Nahyan, e em dezembro participou da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai.