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Organizador de evento ilegal em que jovem morreu é o mesmo que causou atropelamento de PM

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O homem, de 40 anos, organizador do evento ilegal e encontro da ‘turma do randandandan’ no Autódromo Internacional de Campo Grande, durante a noite de sábado e a madrugada de domingo (2), seria o mesmo que organizou a algazarra nos altos da Avenida Afonso Pena, que terminou no atropelamento de um policial militar, de 33 anos.

A informação foi divulgada pelo delegado plantonista Felipe Alvarez Madeira, que inclusive, atendeu a ocorrência da morte de Nicholas Yann dos Santos de Jesus, de 20 anos. Nesse episódio, o jovem foi atingido por outro motociclista, de 20 anos, que realizava manobras perigosas e foi preso em flagrante por homicídio doloso.

Questionado sobre os eventos ilegais, Madeira explicou que as forças policiais trabalham em conjunto para tentar coibir que isso vire algo rotineiro. “O trabalho da Polícia Civil é um pouco mais repressivo, mas temos atividades de fiscalização, é uma atividade que a Polícia Militar também exerce”.

Mas, se tratando propriamente do organizador, identificado como ‘Manolo’, ele seria o responsável ou um dos responsáveis diretos, tanto na organização do evento da Avenida Afonso Pena, que gerou o atropelamento do PM, quanto na construção do evento que terminou na morte de Nicholas.

“É uma situação muito clara de que é um indivíduo que lucra com a situação, faz divulgação de diversas empresas, lucra imediatamente com a venda de bebidas com a participação e não assume as responsabilidades necessárias para ter um evento desse tipo”, afirmou o delegado.

Felipe acrescentou que o organizador tem noção do risco que ele pode gerar, mas que não assume tais responsabilidades para a construção do evento. O delegado ainda ressaltou que eventos automobilísticos dentro da legalidade, acontecem em qualquer cidade, porém, nestes casos, não houve qualquer conhecimento das autoridades sobre a aglomeração.

“Ele tem o conhecimento técnico do risco que ele está gerando, é praticamente inegável. Ele conhece o risco, tem a capacidade técnica de analisar que aquela situação está gerando risco de pessoas e mesmo assim, mantém o evento e simplesmente se abstem da sua responsabilidade de tomar a precaução para que as pessoas façam com o mínimo de segurança o evento”.