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Parlamentares defendem Carlos Jordy após ação da PF: “Absurdo”

Congressistas de direita se manifestaram nas redes sociais

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Diversos parlamentares conservadores saíram em defesa do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), após o congressista ser alvo de operação da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (18). Entre os que se pronunciaram, estão os deputados Marco Feliciano (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Mario Frias (PL-SP), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), e muitas outras figuras políticas de destaque na direita.

O pastor Marco Feliciano, por exemplo, usou seu Twitter para expressar “solidariedade incondicional” a Jordy:

– Continua a perseguição aos deputados de oposição! Uma verdadeira caça às bruxas. Estamos em um Estado de exceção. Há uma ditadura em andamento. Este é o fim do estado democrático de direito! – exclamou.

A deputada-federal Carla Zambelli, por sua vez, frisou que mirar em um líder da oposição é fazer o mesmo com todos os outros parlamentares do segmento:

– Mexeu com um, mexeu com todos. Não me esqueço da solidariedade de Carlos Jordy comigo quando a vítima da ditadura fui eu. Fazer isso contra o líder da oposição, é fazer contra toda a oposição. Absurdo sem precedentes – escreveu.

Já Bia Kicis descreveu Jordy como um “líder dedicado” e chamou o caso como uma “violência” contra o Poder Legislativo:

– Um absurdo sem tamanho. Isso sim é uma violência contra um Poder. Invadir a casa e o gabinete de um parlamentar. E diga-se que um parlamentar que não cometeu crime, é um líder dedicado e, só por acaso, pré-candidato à Prefeitura de Niterói. Toda minha solidariedade a você, Carlos Jordy!

Gustavo Gayer comparou o cenário político do Brasil com o da Venezuela:

– Isso é o mais completo absurdo!! O Brasil se igualou à Venezuela. Minha total e irrestrita solidariedade ao nosso líder da oposição, Carlos Jordy.

O ex-secretário da Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), Mario Frias, disse que nem bandidos recebem o mesmo tratamento que o líder da oposição:

– Minha solidariedade ao meu amigo e deputado Carlos Jordy, à sua esposa e sua bebezinha de poucos meses de vida. Assisti ao seu vídeo, no qual ele relata que foi acordado com um fuzil na cara. Nem bandidos são tratados assim. Nossa Constituição é rasgada todos os dias, e somente em uma “democracia relativa” essas coisas acontecem – pontuou.

Os irmãos Bolsonaro, Carlos e Flávio, também expressaram indignação com o caso:

– Ouvi o exposto pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Seguindo sua linha de exposição mais uma vez ignora-se solenemente a Constituição e deflagra-se mais um capítulo do rumo assombroso para onde caminha o Brasil. Minha solidariedade à você, sua esposa e filhinha – assinalou Carlos.

– A forma como essa investigação está sendo conduzida é muito mais “lesa pátria” que o próprio 8 de janeiro. A continuidade dela, além de autoritarismo e arrogância, é o mesmo que querer culpar a mulher que foi estuprada, ou seja, quem defende a democracia passou a ser o errado. A CF/88 protege parlamentares por suas opiniões para evitar, exatamente, o que está acontecendo com Carlos Jordy: óbvia perseguição política combinada com sorriso de vingança no canto da boca. Quem não sabe conviver com as diferenças não está preparado para viver em democracia – completou Flávio.

Outras figuras da política que se pronunciaram foram os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC) André Fernandes (PL-CE), Helio Lopes (PL-RJ), Filipe Barros (PL-PA), Mauricio Marcon (Podemos-RS), os ex-parlamentares, Deltan Dallagnol e Douglas Garcia, e o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo.

ENTENDA
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de buscas, na manhã desta quinta, da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, ação deflagrada pela Polícia Federal (PF) para, segundo a corporação, identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a TV Globo, agentes da PF foram até a Câmara dos Deputados para cumprir mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar. Além das buscas na Câmara, os policiais também estariam em um endereço ligado ao congressista no Rio de Janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo telemático de Jordy. Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

O deputado se pronunciou afirmando que trata-se de uma “medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.

– Eu, em momento algum do 8 de janeiro, incitei, falei para as pessoas que aquilo ali era correto, pelo contrário, em momento algum eu estive nos quartéis-generais quando estava acontecendo todos aqueles acampamentos. Nunca apoiei nenhum tipo de ato anterior ou depois no 8 de janeiro, embora as pessoas tivessem todo o seu direito de fazer suas manifestações – declarou.