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Polônia quer fortalecer OTAN e Europa para não ficar sozinha, diz premiê

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A Polônia nunca mais deve se encontrar em uma situação em que tenha que se defender sozinha, por isso a OTAN e as capacidades de defesa da Europa devem ser fortalecidas, disse o primeiro-ministro polonês Donald Tusk.

Tusk discursava por ocasião do 85º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial, na península de Westerplatte, perto de Gdansk.

O primeiro-ministro polonês ressaltou que a Polônia nunca mais deve ficar sozinha na sua defesa.

“Vamos construir consistentemente a Aliança do Atlântico Norte, uniremos a Europa, inclusive para fins de defesa, a defesa da Polônia e de nossa civilização”, disse ele.

Segundo Tusk, ao relembrar o passado, também se deve pensar no futuro, “para que nunca haja a necessidade de erguer monumentos às vítimas, para que a Polônia sempre vença“.

“Hoje estamos construindo o Exército mais moderno da Europa. A Polônia está investindo ativamente em sua capacidade de defesa”, lembrou Tusk, enfatizando que, para ter segurança, além de patriotismo e heroísmo, o país precisa de um exército moderno, forte e bem organizado.

O premiê polonês sublinhou também, se dirigindo aparentemente a seu parceiro ocidental, a Alemanha, que agora não é suficiente apenas falar e sentir a culpa por ter atacado a Polônia e iniciado a Segunda Guerra Mundial.

“Hoje, o principal indicador da compreensão dessas lições é a prontidão total para a defesa e a organização de todo o mundo ocidental, da Europa e da OTAN, para nos defendermos contra a agressão nos campos de batalha da Ucrânia.”

Assim começou a Segunda Guerra Mundial

No dia 1º de setembro de 1939, por volta das 4h45, a península de Westerplatte, no norte da Polônia, e a cidade de Wielun, na região central do país, foram as primeiras a ser atacadas pelas tropas de Hitler.

O cruzador alemão Schleswig-Holstein abriu fogo do mar contra a guarnição do depósito militar polonês em Westerplatte. Essa guarnição repeliu os ataques de Hitler por sete dias e, depois disso, capitulou.

Simultaneamente ao ataque a Westerplatte, Wielun foi submetida a um bombardeio aéreo, o que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas.

No total, as Forças Armadas da Alemanha nazista (Wehrmacht, em alemão) levaram cinco semanas para derrotar o Exército polonês.

Durante a libertação da Polônia do nazismo em 1944-1945, o Exército Vermelho perdeu mais de 600 mil vidas. Os militares soviéticos também prestaram uma enorme assistência na reconstrução da Polônia no pós-guerra.

Somente em Varsóvia, dezenas de milhares de minas foram removidas, pontes e estradas foram restauradas. Alimentos, carvão e parafina foram doados à população. Ao mesmo tempo, os militares soviéticos não interferiram no modo de vida dos poloneses.