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Porto Alegre: Prefeito diz que Lula não enviou verbas para abrigos

Enchentes causaram um grande problema habitacional na capital gaúcha e Região Metropolitana

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Quase dois meses após o início das enchentes em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que deixaram 15 mil pessoas em abrigos provisórios, o prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou em entrevista que o presidente Lula (PT) não enviou nenhuma verba para ajudar na questão.

O prefeito, que também foi afetado pela situação e ficou desabrigado, comunicou à revista Veja que atualmente há 3 mil pessoas em abrigos, enquanto muitas outras estão alojadas nas casas de parentes. Segundo ele, apesar das promessas, o governo federal não apresentou soluções concretas.

– O governo federal diz que vai resolver o problema. Porto Alegre hoje dispõe de mil imóveis entre novos e usados que chegam na faixa dos R$ 170 mil a R$ 200 mil. Para ser contra a cidade acolhedora, acho que o presidente Lula já deveria ter comprado esse lote. Mas não. Não compra imóvel, não apresenta alternativa e ainda não coloca um centavo nos abrigos. Não pode ser assim – disse.

O ministro Paulo Pimenta, representando o governo federal, tem se manifestado contrário às chamadas cidades provisórias, que seriam uma solução temporária para a crise habitacional provocada pelas enchentes. Melo, por sua vez, defende a implementação de “moradias acolhedoras”, que seriam soluções permanentes.

Dentro das suas atribuições, o prefeito explicou que solicitou à Câmara a aprovação de um programa denominado “Estadia Solidária”, que já foi sancionado. A proposta consiste em fornecer um voucher para que as pessoas possam morar com vizinhos ou alugar um local até que o governo federal cumpra a promessa de adquirir as casas necessárias.

Por outro lado, Pimenta anunciou recentemente que o governo federal tem a intenção de comprar 2 mil imóveis na Região Metropolitana para abrigar os desabrigados.