Nesta segunda-feira (3), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cancelou o almoço que teria com generais do Exército. O encontro ocorreria no Quartel General, em Brasília, e tinha como principal objetivo estreitar a relação do Poder Executivo e das Forças Armadas (FA).
A desarmonia entre os poderes se intensificou depois dos atos do dia 8 de janeiro, quando a sede dos Três Poderes foi invadida por manifestantes. Após o ocorrido, o petista entendeu que os militares facilitaram a entrada dos que protestavam e afirmou durante um café com jornalistas que “muita gente das Forças Armadas” foi conivente com às depredações realizadas na capital federal.
A partir desse entendimento, Lula tomou diversas atitudes. Uma delas foi a dispensa de 40 militares que coordenavam a administração do Palácio da Alvorada, em Brasília. A resolução acabou atingindo oficiais de patentes mais baixas como soldados, cabos e sargentos. Em três semanas de governo, o petista havia dispensado mais de 80 militares.
O convite cancelado por Lula, nesta segunda, foi realizado pelo comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva e, para a comitiva estavam confirmadas a presença do ministro da Defesa, José Múcio e dos generais do Alto Comando.
Nesta quarta (5), acontecerá a cerimônia de entrega de espadas dos generais organizada pelo Palácio do Planalto. O evento pode promover o encontro do presidente com os generais; no entanto, Lula ainda ainda não confirmou sua presença.