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Professor chama aluno de ‘desprezível’ por não reconhecer colega como gato

O docente que xingou o aluno afirmava que o estudante era obrigado a reconhecer o seu colega como um gato

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Na Inglaterra, uma menina de 13 anos foi chamada de “desprezível” pelo seu professor depois de se recusar a reconhecer que sua colega que se identificava como um “gato” fosse de fato um felino. O caso aconteceu na sexta-feira 16 no Rye College, em East Sussex, no sudeste da Inglaterra, depois de uma aula de “educação para a vida” da oitava série. Na aula, os alunos foram informados que “ser quem você quer ser e como você se identifica depende de você”, segundo com um relatório do periódico The Telegraph.   

Depois da aula, a aluna que se identificava como um gato, ouviu a seguinte pergunta: “Como você pode se identificar como um gato quando é uma menina?”. Ao ouvir a interpelação, a professora disse aos alunos que eles estavam sendo denunciados aos administradores da escola e não seriam mais bem-vindos na instituição se continuassem a expressar a opinião de que só existem meninos e meninas.   

O que o professor disse aos alunos

Uma das alunas gravou o diálogo que elas tiveram com o docente. O professor começa dizendo: “Como você ousa?! Você realmente chateou alguém ao questionar sua identidade”. Ao que a aluna responde: “Se eles querem se identificar como um gato ou algo assim, então eles estão loucos!”. A docente então pergunta às meninas de onde tiraram a ideia de que só existem dois gêneros.  

A professora esforça-se para explicar às alunas: “Gênero não está ligado às partes com as quais você nasceu; gênero é como você se identifica, que foi o que eu disse logo no início da aula”. Em um dado momento, depois de perceber que os alunos não cediam, a docente eleva a voz e, de forma contundente, afirma que, embora os alunos possam considerar “normativo” ser cisgênero, isso não era a norma.  

Ao jornal The Telegraph, um dos pais dos alunos disse: “Eu entendo o ponto que o professor estava tentando fazer, o que me incomoda é encerrar o debate de maneira tão ameaçadora e agressiva, que não acredito ser apropriada em um ambiente educacional”.