Apesar de já ter ficado preso por quatro anos no âmbito da Operação Lava Jato, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, voltou a exercer influência na Petrobras. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Há alguns anos, Vaccari Neto foi acusado de ter recebido propina em nome do Partido dos Trabalhadores no esquema de corrupção na petroleira.
De acordo com o jornalista, “praticamente todas as nomeações importantes feitas hoje na Petrobras têm passado pelo crivo” do ex-tesoureiro petista, que foi preso preventivamente em abril de 2015 e condenado por corrupção passiva. Vaccari Neto ficou na prisão até 2019, quando foi liberado para cumprir pena em regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica.
O envolvimento do ex-tesoureiro no esquema de corrupção da Petrobras foi citado em delação premiada por Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da companhia, que disse que Vaccari Neto havia recebido propina em nome da sigla petista.
Em janeiro deste ano, Vaccari Neto teve a condenação anulada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o ministro atendeu a um pedido da defesa do ex-tesoureiro do PT, que alegou que a Justiça Federal do Paraná não era competente para analisar os fatos.
BOLSONARO IRONIZA
Após a divulgação da notícia sobre a volta da influência de Vaccari Neto na Petrobras, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o caso.
– O amor voltou sem vergonha alguma de ser feliz! – escreveu o líder conservador.