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Senado, prefeitos e fidelidade: como Reinaldo balançou Bolsonaro?

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O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), anuncia, nos próximos dias, o rumo do Partido Liberal (PL) para a eleição em Campo Grande. Após idas e vindas, com diversos pré-candidatos do PL, caberá a Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto dizer para que lado o partido vai.

A senadora Tereza Cristina (PP) tinha a preferência até semana passada, quando o governador Eduardo Riedel e o ex-governador e presidente do PSDB, Reinaldo Azambuja, desembarcaram em Brasília para virar o jogo.

Bem relacionado com Valdemar e Bolsonaro, Reinaldo falou da eleição deste ano em Mato Grosso do Sul, mas já planejando a eleição de 2026, foco do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem a meta de eleger mil prefeitos, justamente para se fortalecer para a eleição de presidente.

Dialogando apenas com o PL, Bolsonaro desconhecia a realidade do Estado e gostou da ideia de ter o PSDB, com toda estrutura do Governo do Estado, mais próximo. Reinaldo convenceu Bolsonaro de que a maioria dos pré-candidatos do partido, que tentam a eleição ou reeleição, são bolsonaristas, o que não justificaria a briga do partido com o PL.

A proposta de aproximação agradou Bolsonaro, que ficou ainda mais empolgado quando Reinaldo, que é pré-candidato a senador pelo PSDB, prometeu fidelidade, caso seja eleito em 2026. Ele faria dobradinha com outro candidato indicado por Bolsonaro.

No encontro, Bolsonaro citou aliados do PL em Mato Grosso do Sul, confidenciando que, embora fieis, ainda têm dificuldade para fazer política. Ele aproveitou para sugerir a Reinaldo que ajudasse no crescimento do partido no Estado.

Reinaldo saiu da reunião  confiante, afirmando que teria 99% de chance da aliança acontecer, faltando apenas uma conversa com Tereza Cristina, que deve falar com Valdemar nesta terça e com Bolsonaro amanhã.

O presidente estadual do PL, deputado federal Marcos Pollon, foi o responsável por conduzir o partido para a eleição deste ano, chegando a um total de, aproximadamente, 40 pré-candidatos. Após a reunião do PSDB com Bolsonaro, ele também lançou a candidatura dele na Capital, justificando que não gostaria de apoiar o PSDB.