Senadora, Tereza Cristina (PP) e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) admitiram que perderam o apoio do Partido Liberal (PL) ao Partido Progressistas (PP) nas eleições municipais de 2024.
Mas, a senadora afirmou que ainda vai dialogar com o presidente do PL Nacional, Valdemar da Costa Neto e o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta semana, em Brasília, para entender melhor a decisão do partido e convencê-los de que apoiar o PP é a melhor opção.
“Isso é coisa da política, se a gente tiver o PL do nosso lado eu acho que a direita estaria muito unida e isso é uma decisão que não cabe ao PP, é uma decisão que cabe ao PL saber com quem eles querem coligar. Para mim era uma coisa muito natural que o PP e o PL estivessem juntos, mas parece que não é isso. É claro que a vinda do PL com o PP nos ajudaria e complementaria. Eu preciso entender o que aconteceu. Estou indo para Brasília hoje a tarde, vou ter reuniões com o Valdemar, devo conversar com o presidente Bolsonaro na quarta-feira”, disse a senadora em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (1º), em evento de lançamento do Hospital Municipal de Campo Grande (HMCG).
Tereza Cristina destacou que com ou sem apoio do PL, Adriane Lopes continua sendo a candidata do PP à Prefeitura de Campo Grande.
O PL fechou aliança com o PSDB em 37 municípios de Mato Grosso do Sul, nas eleições municipais deste ano.
Com isso, Bolsonaro bateu o martelo e vai apoiar Beto Pereira como pré-candidato a prefeitura de Campo Grande.
Valdemar da Costa Neto, confirmou ao Correio do Estado, em 27 de junho, que já está sacramentada a aliança com o PSDB, tendo, inclusive, o aval do ex-presidente Bolsonaro, que fez como principal exigência a vaga de vice na chapa encabeçada por Beto Pereira.
“O ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel primeiro se reuniram com o Bolsonaro e depois comigo, porque, por decisão da Justiça, nós dois não podemos nos encontrar. A aliança PL e PSDB está fechada. Foram duas reuniões muito boas e juntos vamos montar um time forte para as eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul”, revelou.
A decisão provocou uma reviravolta na disputa pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições de outubro. Bolsonaro já trocou de pré-candidato a prefeitura da Capital sete vezes: o primeiro nome foi Marcos Pollon (PL), e depois vieram Coronel David (PL), João Henrique Catan (PL), Rafael Tavares (PL), Tenente Portela (PL), Adriane Lopes (PP) e, agora, Beto Pereira (PSDB).
Os exs-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB) e o atual governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB) apoiam Beto Pereira como pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande.
Colapso fiscal e crise na saúde tornam caminho da reeleição difíceis para Adriane
Com uma gestão marcada por problemas críticos na saúde, segurança e infraestrutura, a administração de Adriane enfrenta um caos generalizado.
Saúde em Colapso
A situação da saúde pública é alarmante. Nos últimos meses, mais de 14 mil casos de síndrome gripal foram registrados, sobrecarregando as já sucateadas unidades básicas de saúde.
Relatos de falta de medicamentos e infraestrutura inadequada são frequentes, com imagens de pessoas sentadas no chão devido à falta de bancos e esperas que chegam a mais de quatro horas circulando nas redes sociais. Esse cenário desolador expõe a fragilidade do sistema de saúde municipal e a incapacidade da gestão atual em lidar com crises sanitárias.
Aumento da Criminalidade
A segurança pública também se tornou um ponto fraco da gestão de Adriane Lopes. O aumento da criminalidade e dos furtos em residências tem gerado medo e insegurança entre os moradores da Capital. A sensação de vulnerabilidade é crescente, e a falta de políticas eficazes de combate ao crime coloca em xeque a capacidade da prefeita de garantir a segurança da população.
Infraestrutura Precarizada
A infraestrutura da cidade não fica atrás em termos de críticas. Bairros sem asfalto e ruas esburacadas se tornaram uma visão comum em Campo Grande. A falta de investimentos em obras básicas de pavimentação e manutenção das vias públicas tem gerado transtornos diários para os cidadãos, além de impactar negativamente a mobilidade urbana e a qualidade de vida.
Gestão engessada
A ineficiência administrativa, aliada à incapacidade de solucionar problemas críticos que afetam diretamente a vida dos moradores, pode ser a pedra no sapato de Adriane Lopes na corrida eleitoral.