O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve reuniões depois do segundo turno no resort de luxo em Mar-a-Lago, na Flórida, nas quais foi aconselhado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, para que o clã brasileiro não aceitasse o resultado das eleições presidenciais no Brasil.
As informações foram veiculadas pelo jornal The Washington Post na quarta-feira (23).
Eduardo Bolsonaro também teria se encontrado com um assessor direto de Trump, além de ter feito contatos telefônicos com aliados da extrema-direita.
Steve Bannon, ex-estrategista de Trump e articulador da extrema-direita global, confirmou ao diário que se encontrou com o filho de Bolsonaro no estado do Arizona, em que teria discutido as eleições e a força dos protestos pró-Bolsonaro pelo país após o resultado das eleições, que consagrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato.
Bannon foi condenado a quatro meses de prisão pela Justiça dos EUA em outubro por desacatar o Congresso.
Ainda de acordo com o jornal, Bannon aconselhou o clã Bolsonaro a se posicionar contra os resultados das eleições, atitude que “provavelmente falhará, mas pode encorajar apoiadores”.
Nem Trump tampouco Bolsonaro comentaram as reuniões ao Washington Post.