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Tumbas de 200 mil anos a.C. encontradas na África revelam espécie que desafia conceito humano (FOTO)

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Uma equipe de paleontólogos encontrou o cemitério mais antigo do mundo na África do Sul, contendo restos de um pequeno cérebro de um parente distante dos humanos.

Os especialistas, liderados pelo paleontólogo Lee Berger, afirmaram ter descoberto diversos espécimes de homo naledi, um hominídeo da Idade da Pedra, enterrados a aproximadamente 30 metros em um sistema de cavernas no sítio com fósseis de hominídeos de Sterkfontein, segundo a agência de notícias AFP.

Reconstrução facial do Homo naledi - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2023

Reconstrução facial do Homo naledi

CC BY 4.0 / Cicero Moraes (Arc-Team) et alii (imagem editada) /

A nova descoberta desafia a atual compreensão sobre a evolução humana, já que esse ancestral de cérebro pequeno apresentava hábitos que, até então, tinham sido detectados pela primeira vez apenas nos neandertais e nos homo sapiens.

A caverna ilustra um dos primeiros exemplos de rituais de sepultamento e oferece as primeiras evidências de múltiplos enterros e ações funerárias.

Os especialistas, liderados pelo paleontólogo Lee Berger, afirmaram ter descoberto diversos espécimes de homo naledi, um hominídeo da Idade da Pedra, enterrados a aproximadamente 30 metros em um sistema de cavernas no sítio com fósseis de hominídeos de Sterkfontein - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2023

Os especialistas, liderados pelo paleontólogo Lee Berger, afirmaram ter descoberto diversos espécimes de homo naledi, um hominídeo da Idade da Pedra, enterrados a aproximadamente 30 metros em um sistema de cavernas no sítio com fósseis de hominídeos de Sterkfontein

CC BY 4.0 / Lee R Berger et all (imagem editada) /

O homo naledi pode ter sido o primeiro grupo de hominídeos a usar simbologias, mostrando que essa capacidade não está relacionada ao tamanho do cérebro.

Evidências fósseis indicam que o homo naledi tinha aspectos que pareciam humanos, tendo uma estrutura de 100 quilos e 1,50 metro, com um cérebro do tamanho de uma laranja, assim como os chimpanzés.

“Vemos um comportamento cultural muito humano em uma espécie que tem um cérebro com um terço do tamanho do nosso […]. Isso contradiz a ideia de que foi o tamanho do cérebro que nos tornou humanos”, destacou John Hawks, paleontólogo da Universidade de Wisconsin-Madison.

Evidências indicam que o homo naledi viveu entre 241 mil e 335 mil anos atrás em um sistema de cavernas conhecido como “Estrela Ascendente”, nas proximidades da atual Joanesburgo.

Os especialistas, liderados pelo paleontólogo Lee Berger, afirmaram ter descoberto diversos espécimes de homo naledi, um hominídeo da Idade da Pedra, enterrados a aproximadamente 30 metros em um sistema de cavernas no sítio com fósseis de hominídeos de Sterkfontein - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2023

Os especialistas, liderados pelo paleontólogo Lee Berger, afirmaram ter descoberto diversos espécimes de homo naledi, um hominídeo da Idade da Pedra, enterrados a aproximadamente 30 metros em um sistema de cavernas no sítio com fósseis de hominídeos de Sterkfontein

CC BY 4.0 / Lee R Berger et all (imagem editada) /

No local, além de múltiplas câmaras funerárias e fósseis, também foram encontradas evidências de uso de fogo, como lareiras e ossos carbonizados.