O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, anunciou, nesta tarde, o presidente do PL em Campo Grande, Tenente Portela, como novo presidente do partido em Mato Grosso do Sul.
Ao anunciar Portela, Valdemar disse que ele é amigo de Jair Bolsonaro, que fez a escolha, que ele avalia como a mais certa. Valdemar explicou que tem aliança e convivência muito boa com Tereza Cristina (PP), mas também falou em aproximação com Eduardo Riedel (errando o nome do governador) e com Reinaldo Azambuja, dizendo que eles comandam o Estado e têm a maioria dos prefeitos.
“Esse pessoal, depois das eleições, vamos caminhar juntos. Tereza, PSDB, PP e PL. Vamos formar uma frente lá, imbatível. Quero dizer que fiquei muito contente com essa solução, porque nossos parceiros aceitaram esse novo comando para o Mato Grosso do Sul”, declarou.
Portela afirmou que vai trabalhar com a política, em parceria com Tereza Cristina, de quem é suplente, prometendo fazer o maior número de vereadores possível.
Portela não foi a primeira opção do PL. Ele assumiu depois que Rodolfo Nogueira se recusou, afirmando que cuidaria da campanha da esposa, Gianni Nogueira, para Prefeitura de Dourados. Portela assume o lugar de Marcos Pollon, tirado do cargo após discordar da aliança do PL com PSDB para Prefeitura de Campo Grande.
Confira o vídeo:
CHAPA IMBATÍVEL
Ex-subcomandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Neidy Nunes Barbosa Centurião, a “Coronel Neidy”, é o nome que o PL (Partido Liberal) quer ver nas urnas em outubro como candidata a vice-prefeita junto ao pré-candidato deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira” (PSDB). Ela já era cotada pelo PSDB, mas agora a previsão é entrar na disputa, representando o PL, segundo o deputado estadual Carlos Alberto David, o “Coronel David” (PL), que reuniu-se na quarta-feira (4) com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Já indiquei ao Bolsonaro a Coronel Neidy da PM, porque tinha que ser uma mulher. Há uma preferência do PL Nacional que seja mulher qualificada. Ela é a primeira mulher a ser coronel da PM, muito respeitada, com liderança grande na tropa e, com certeza, vai agregar muito ao Beto. Logicamente, isso precisa somente agora da confirmação por parte do PL Nacional”, disse Coronel David.
Após a divulgação da união com o PL, nesta quinta-feira (4), Beto não confirmou que seu vice será do PL, mas destacou que esse é o maior partido no arco de aliança e no Congresso Nacional, além de fazer menção a possibilidade de uma candidata a vice-prefeita.
A coronel Neidy deixou o cargo de subcomandente há um mês, quando afirmou que a finalidade era política e ser vice na chapa de Beto estava em “construção”. Agora, ela pode filiar-se ao PL para fazer a composição. Neidy pode concretizar a filiação até as convenções partidárias, no dia 5 de agosto.
Beto Pereira classificou a união com o PL como “um reforço significativo para um movimento de mudança” em Campo Grande.
“Sempre digo que temos que ter dentro da composição de uma chapa um complemento. Temos que buscar potencializar a candidatura. Esse é o objetivo, trazer um vice ou uma vice que possa potencializar a candidatura, porque o objetivo ao final é sairmos vencedores da eleição. Então, queremos sim alguém que possa potencializar de forma qualitativa a nossa investidura”, disse Beto, em entrevista à rádio Hora, nesta manhã.
Senado, prefeitos e fidelidade: como Reinaldo balançou Bolsonaro?
A senadora Tereza Cristina (PP) tinha a preferência até semana passada, quando o governador Eduardo Riedel e o ex-governador e presidente do PSDB, Reinaldo Azambuja, desembarcaram em Brasília para virar o jogo.
Bem relacionado com Valdemar e Bolsonaro, Reinaldo falou da eleição deste ano em Mato Grosso do Sul, mas já planejando a eleição de 2026, foco do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem a meta de eleger mil prefeitos, justamente para se fortalecer para a eleição de presidente.
Dialogando apenas com o PL, Bolsonaro desconhecia a realidade do Estado e gostou da ideia de ter o PSDB, com toda estrutura do Governo do Estado, mais próximo. Reinaldo convenceu Bolsonaro de que a maioria dos pré-candidatos do partido, que tentam a eleição ou reeleição, são bolsonaristas, o que não justificaria a briga do partido com o PL.
A proposta de aproximação agradou Bolsonaro, que ficou ainda mais empolgado quando Reinaldo, que é pré-candidato a senador pelo PSDB, prometeu fidelidade, caso seja eleito em 2026. Ele faria dobradinha com outro candidato indicado por Bolsonaro.
No encontro, Bolsonaro citou aliados do PL em Mato Grosso do Sul, confidenciando que, embora fieis, ainda têm dificuldade para fazer política. Ele aproveitou para sugerir a Reinaldo que ajudasse no crescimento do partido no Estado.
Reinaldo saiu da reunião confiante, afirmando que teria 99% de chance da aliança acontecer, faltando apenas uma conversa com Tereza Cristina, que deve falar com Valdemar nesta terça e com Bolsonaro amanhã.
O presidente estadual do PL, deputado federal Marcos Pollon, foi o responsável por conduzir o partido para a eleição deste ano, chegando a um total de, aproximadamente, 40 pré-candidatos. Após a reunião do PSDB com Bolsonaro, ele também lançou a candidatura dele na Capital, justificando que não gostaria de apoiar o PSDB.