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Vereadores debatem a construção do Hospital Municipal em audiência pública

O vereador e professor André Luís (PRD) deve debater a viabilidade, a localização e os impactos que a construção do hospital pode gerar na região central de Campo Grande com os demais vereadores.

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Preocupado com os impactos e a viabilidade da construção do Hospital Municipal na região central de Campo Grande, o vereador Professor André Luís (PRD) se reunirá com os vereadores em audiência pública para discutir a paralisação das obras.

Conforme divulgado pelo Correio do Estado na última quinta-feira (11), o vereador entrou com uma ação contra a prefeitura na Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande, após o poder Executivo não apresentar o estudo de impacto que a construção do hospital pode gerar na região da Chácara Cachoeira.

Por causa dessa preocupação, o professor André Luís entrou com uma ação para “barrar” a construção do Hospital Municipal por 180 dias.

“Verificou-se que no referido projeto apresentado não consta o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), cuja ferramenta serve como meio preventivo a danos ambientais na vizinhança, assim compreendida os residentes no local do empreendimento e seu entorno, bem como aqueles que por ali transitam”, aponta a ação.

Em conversa com a reportagem, o vereador Professor André explicou que é favorável à construção do Hospital Municipal, mas entende que o Executivo Municipal está tratando a situação da obra de forma “atabalhoada”.

Outro ponto, relacionado à localização, conforme o vereador deveria ocorrer o debate relacionado a localização, viabilidade e impacto. 

“A proposta de localização é no bairro Chácara Cachoeira, que, ao nosso ponto de vista, é totalmente inadequado. Um hospital precisa de vias expressas para que, por exemplo, a ambulância chegue rápido. Nós temos aqui em Campo Grande o plano diretor construído pela Planurbe, que estabelece, por exemplo, uma via importante de construção, de crescimento da cidade, à Avenida Norte-Sul, que é Ernesto Geisel”, explicou o vereador e completou:

“Ali no [no bairro] Chácara Cachoeira, o espaço é muito pequeno. A rua é coletora. Daqui a 20 anos, ali ninguém passa. Não tem trânsito de fluxo para a ambulância. Enquanto Ernesto Geisel vai manter a capacidade dela de fluxo. Tem terreno vazio para poder fazer futuras ampliações. Então, várias coisas não foram feitas. Por exemplo, o estudo de impacto de vizinhança”.

Ainda, conforme o pedido da ação a análise dos impactos sócio ambientais da obra analisam os seguintes fatores: 

  • Tráfego: A construção de um hospital de grande porte pode aumentar significativamente o tráfego na região, impactando a mobilidade e causando congestionamentos.
  • Ruído: A obra pode gerar altos níveis de ruído, afetando a qualidade de vida dos moradores da área.
  • Segurança: A movimentação de máquinas e operários pode trazer riscos à segurança dos residentes e transeuntes.
  • Saúde pública: O aumento da circulação de pessoas pode impactar os serviços de saúde e a segurança sanitária da região. 

Devido ao fato de a localidade já possuir o Hospital Santa Marina e o Proncor, o vereador entende que o local não é adequado. Ele acredita que, caso a construção prossiga sem os devidos estudos, isso poderá acarretar problemas de mobilidade urbana e afetar diretamente os munícipes que vivem na região.

“Ali é um bairro eminentemente residencial e já tem lá o Santa Marina e o Proncor. Que eu entendo que não são locais adequados para ter um hospital, porque ali é um bairro eminentemente residencial. Precisa ter um estudo de impacto de mobilidade urbana. O número de veículos vai aumentar, o bairro daquela região vai crescer e aquelas vias vão ficar cada vez mais congestionadas, complicando cada vez mais o trânsito em sentido do hospital”, pontuou o vereador. 

A audiência pública sobre a discussão da construção do Hospital Municipal começa ás 9h, no Plenário Oliva Enciso, localizado na Avenida Ricardo Brandão, n. 1.600, Jatiúca Park, em Campo Grande. 


Projeto

Divulgação/ 

O hospital terá aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída e estacionamento com 225 vagas.  O prédio  terá quatro pavimentos, sendo um subsolo, térreo, primeiro e segundo andares.

Conforme a previsão, os 259 leitos serão distribuídos em 49 vagas de pronto atendimento, 20 de Centro de Terapia Intensiva (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 leitos pediátricos, 60 leitos adultos para homens e 70 leitos adultos para mulheres).

Além disso, terá Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrica, 10 salas de cirurgia, 53 consultórios e 19 salas para a realização de exames. A capacidade será para 1,5 mil internações ao mês; mil cirurgias; 2,5 mil atendimentos no pronto-socorro; e 13,5 mil consultas e exames.

De acordo com a prefeita Adriane Lopes (PP), a previsão é de que a unidade seja entregue em até 24 meses. “Esse é um hospital de 259 leitos, 15 mil metros de construção, um hospital que vai ficar em uma área do município. Já tem vários hospitais na região e a gente está trazendo esse avanço, ampliando o número de vagas para atendimento na nossa Capital. Um projeto esperado, que há 10 anos está no Plano Municipal de Saúde, mas que agora passa a ser realidade”, declarou a prefeita durante o evento de apresentação do projeto.