“Aqueles que nos fizeram mal, devemos perdoar?” A pergunta vem depois de uma comemoração do ex-governador André Puccinelli ao ser inocentado mais uma vez em uma ação da Lama Asfáltica, dessa vez no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que confirmou decisão que o livra o do processo por improbidade administrativa na operação que o levou a amargar quase 160 dias de prisão em 2018, quando iria disputar o Governo do Estado, e acabou fora do pleito.
Agora pré-candidato a Prefeito da Capital, Puccinelli lembrou que foram “duas decisões de mérito” em uma semana.
Por telefone, André pontuou ainda que vai provar sua inocência e que sim, vai buscar reparação pelos dias preso, mas que agora foi inocentado.
“Fica cada vez mais evidente a perseguição a que fui submetido”, pontuou.
De acordo com o processo a ação cobra R$ 601,3 milhões por desvios na obra de pavimentação da Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho, em Campo Grande. Os recursos eram federais oriundos do PAC Lagoa (Plano de Aceleração do Crescimento).
No STJ os ministros negaram o recurso do MPF (Ministério Público Federal), que buscava a reinserção de Puccinelli e Maria Wilma na lista de réus. Desta forma, prevaleceu o voto do ministro Francisco Falcão, relator do agravo em recurso especial.
“A presente ação trata apenas da obra de saneamento na Avenida Lúdio Coelho, de modo que as instâncias ordinárias assentaram que a inicial não veio acompanhada de elementos mínimos de cognição que demonstrem a vinculação subjetiva dos réus André e Maria com os fatos ilícitos que estão sendo apurados”.
Ele e a ex-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento), Maria Wilma Casanova foram denunciados pelo MPF junto com mais seis pessoas e duas empresas, entre os quais o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e o empresário João Amorim (dono da Proteco Construções), por desvios na obra da avenida.
Puccinelli e Casanova foram pulados de virarem acusados por falta de indícios de terem participado do crime.
COM INFORMAÇÕES A ONÇA